De uma ponta do céu ao outro vagueio com a intenção de lhe tirar toda e qualquer experiência que obter. Sei que não consigo voar, mesmo que assim não seja possível na minha cabeça continuo a imaginar qual seria a sensação de conseguir tocar nas nuvens, mesmo sabendo que não existem nuvens sólidas. Qual seria a emoção que sentiria se voasse sem cabos, apenas livre e a qualquer velocidade que quisesse ir. Correr os céus de lés a lés, por cima dos sete mares e ir a todos os continentes.
Enquanto escrevo o que vejo e sinto quando me imagino no céu, penso em ti. Solto um sorriso descontraído e tímido. Penso em ti, minha luz. A minha alma sorri e quando olho para o céu e me recordo do teu rosto, já não vejo nuvens, não vejo sol, não vejo o fundo azul que dá à paisagem verdejante aos meus pés um tom infantil. Apenas vejo o teu rosto, o teu sorriso rosado e descomplicado. Vejo os poros da tua cara, vejo os lábios secos e avermelhados.
Por muito que queira sentir o céu, continuo a sentir-te a ti. Penso que é isso que me faz querer sentir o céu, para saber se o que imagino de sentimentos é tão parecido com aquilo que sinto quando te imagino à minha frente. Quando... quando te aperto nos meus braços e sinto o amor a ser espremido do teu rosto em forma de sorrisos.