quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ano novo

«Nós abriremos o livro. Suas páginas estão em branco. Nós vamos pôr palavras nele. O livro chama-se Oportunidade e seu primeiro capítulo é o Dia de ano novo.» (Edith Lovejoy Pierce)

Inexecutável é iniciar do princípio, mas nada atalha, que em sinónimos de reencetar, não se grafem novas calcetas, não se demandem diferentes horizontes, não se declarem renovadas encostas.
Comemorem, a luz para o novo esboço!

(E com a) transparência exposta, que seja esta, sementes para se desejarem, para se deparem e para adoptarem o sonho. Onde (se) possui incessantemente um sinal de anima e uma intenção de estar.

Raie connosco: a efectivação, o reconhecimento, o afecto e o ano. Felicidades! *

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Vir*[ar]agem!






Há sempre uma altura em que temos que virar uma nova página na nossa vida. E nada melhor para isso que a chegada de um novo ano!

Virem as vossas páginas... e sejam felizes! *




Que 2010 seja único e inesquecível para todos =)






(desconheço a autoria da imagem)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Blind.

O teu coração tem dois sentidos;
Podemos entrar e sair, ou poderíamos, se tu não fosses tão bom guarda.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Natal

Que o Natal seja, para todos, um dia de luz, esperança e felicidade, sem esquecer a verdadeira razão de ser desta festa: o nascimento!

Não há Natal sem poesia, por isso, este ano, a nossa árvore está decorada com pequenos versos de grandes poetas.
E o presépio, por nós pintado numa tela, tem em cima escrito um verso que dá nome a um livro de Hilde Domin: "estende a mão ao milagre"








A todos, eu e o "letras no caminho" desejamos um
 FELIZ NATAL!!!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

o meu/nosso medo.














não vás, não sem mim.
ficam-me no ouvido, meu amor, todas as histórias que deixámos por contar. ficou tanto para trás, tanto do que poderia ter acontecido. cometemos tantos erros, cedemos à mágoa, renunciámos ao prazer, e hoje tudo se esbate como qual brisa gelada: os nossos dentes batem, as nossas mãos descolam-se com um gemido. não importa realmente, afinal largamos a mão para unir os corpos e combater a chuva. hoje temos medo, temos os dois medo: não negues, meu amor, eu sei que também tens. beijas-me a testa e dizes que vai correr tudo bem.
para ti corre sempre tudo bem. mas o meu medo corre mais do que o teu, eu vejo os minutos passarem enquanto tu dormes. não vás, não sem mim. podemos morrer os dois.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Let's go.

Pai, estás a tornar-te repetitivo.
Já te disse que tenho namorado e já te ouvi dizer vezes em demasia que não acreditas e que não posso perder tempo com isso.
Mãe, às vezes pareces-te com o pai.
Eu, não me vou deixar parecer convosco.
Vocês, não me vão impedir de ser feliz. Um dia, eu mesma, mostrar-vos-ei o que é ser feliz. Porque vocês fazem-me cair mas nunca me viram chorar (porque me escondo).

Inteligência tardia

Às vezes lá olho pelo canto do olho e ainda te vejo. Ainda nos vejo. Às vezes ainda passo os dedos pelos bilhetes de cinema sempre singulares e penso em como chorava no final, quem sabe se adivinha do tempo que nos condenava. E agora, em retrospectiva, depois de ter olhado pela segunda vez e de ter sentido a tua ausência bem ali do meu lado, depois de reparar nos erros imperdoáveis e gritantes, depois de me ter sentido pequena e só, penso:
o que fazia eu contigo?
















(ainda bem que percebi a tempo)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

a nossa caminhada(?)

tropeças-me a caminhada. não podia olhar para trás sem que me entrelaçasses no passado. o teu passado, o meu presente. não podia ouvir o teu nome sem voltar o olhar, sem que mais uma vez me agarrasses. desprezo a minha fraqueza; mas menos do que valorizo esta amizade. não consigo esconder-me dos outros, pouco agora de mim mesma. não importa se largámos a mão, não importa se algures lá atrás esquecemos a estrada que se enleava à nossa frente, não importa, sequer, se ignorámos as pegadas.
encontra-me, mais uma vez, uma última vez. não me largues mais, nunca mais.

(queria uma foto nossa.)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Em memória dos bons velhos tempos


Carícias face dentro, dedos entre cabelo solto e farto, mãos decididas e risonhas. Sorrisos sobre a mesa e não ouço a tua voz. Não ouço a minha, nem as inúmeras discussões e guerras mundiais tão frequentes no nosso campo de batalha. Suspiro de alívio. Éramos ferrugem persistente, faísca exagerada, a nossa junção chateia e desgasta. Não fomos feitos um para o outro, não dá-mos saldo positivo no balanço ao fim do mês. Somos bons à distância, nas entrelinhas. Somos bons com outros corpos, com outras almas, com outras salivas. Que assim seja: eu e tu, nunca amigos, nunca amantes. Leio só o teu e o meu sorriso em jeito de confirmação. Química. Que assim seja, mesmo que para sempre, mesmo que nos trame numa ou noutra rua do destino.
Carícias face dentro, dedos entre cabelo solto e farto, mãos decididas e risonhas e eu volto a amar-te.
Desta vez sem discussões.