quarta-feira, 31 de março de 2010

"Rasga o Passado"

Os ausentes fazem sempre mal em voltar!




Destroem-nos o coração
e não nos deixam rasgar o passado!








[para quem pensa que ando numa onda depressiva, pode ficar descansad@. O que tenho postado aqui são apenas pensamentos que se adequam às situações e/ou momentos.. mas não são verdadeiramente relevantes ou identificativos dos mesmos! (: ]

terça-feira, 30 de março de 2010

Trust.

Trust is like a mirror. You can fix it if it’s broke…
- But you can still see the crack in that motherfuckers reflection.

Nunca pensei concordar tanto com a lady gaga.

sábado, 27 de março de 2010

o meu, teu, nosso silêncio

não, pára, já chega. chega de me indicares o caminho errado, chega de me vendares os olhos e dizeres que, quando eu cair de tanto rodar, me estás para agarrar. sabes? nunca mais o fizeste, brincas comigo, dizes-te guerreiro e combates comigo, desferes golpes mas não me queixo. este sangue não é a brincar, porque é que não me deste uma arma também? preciso de fingir mais? chega, chega de me levares a bater com a cabeça na parede. chega desse teu olhar que não vi nunca mais, chega de estares em todos os cantos da minha mente só porque estás longe. não preciso que me lembres que não posso contar contigo para nada. se é silêncio, que o seja então. o meu, teu, nosso silêncio. o tempo passa passa passa passa. o meu silêncio, o teu silêncio, que é o nosso eterno silêncio. havemos de levar o meu, teu, nosso silêncio para a campa. eu não vou chorar, depois.

quinta-feira, 25 de março de 2010

feel

Passa por mim e sente.
Sente a raiva que me consumiu,
A necessidade que se desvanece
De te ter por perto.
Desaparece!
Fica...
Fica aqui, comigo,
Esconde-te no escuro
Para que pense que desapareceste.
Enquanto há alguém
Que me está a fazer sorrir,
Olho para ti e entristece-me.
Tu entristeces-me.
Mas esqueçamos isso,
Passa por mim e sente,
Sente a ignorância
Que se apodera de mim.
Foste apenas mais uma estrela...

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31 de Janeiro de 2010

sábado, 20 de março de 2010


"Para tudo há um fim. Sei-o agora."

[E mais que saber, senti-o!]

Momentos há em que não sei o que fazer, o que dizer. Momentos demais, até. E não se trata do que proferir para o mundo lá fora, é uma questão de não saber o que explicar cá dentro.
Tudo parece a maior das confusões. Nada se assemelha à simplicidade. Ninguém está onde é suposto. É como se estivesse parada no centro de um mundo em roda-viva cheio de outros centros onde tudo parece normal.
Não está! Nada está, na verdade.
A confusão instala-se. O desconcerto permanece. Como volto a interiorizar a ideia de que já não estás, outra vez? Como sigo um caminho que desconheço?
Como vou, uma vez mais, construir cada pedacinho de mim, convencer-me de que foste embora, suportar a dor de que podes não mais voltar, para depois cair tudo? Cada bocadinho...

Quero explodir e não posso. Quero ir embora e não deixas. Vou rebentar e ninguém vê! Não consigo. Não posso. Não aguento. Quero não sei o que. Desejo não sei o que mais.

domingo, 14 de março de 2010


Há histórias, que são simples histórias
E outras que são mais do que aquilo que são
Porque umas são reais, sonhadoras,banais
E outras sentem-se mais com o coração

Existem histórias que ficam,
Guardadas entre o nosso pensamento
E deixam-nos tristes ou pensativos
A todo e qualquer momento

Se são histórias, se são factos
A verdade é que deixam muito sentimento
Transmitem muito mais que tudo o resto
Fixando o último e derradeiro momento.

quinta-feira, 11 de março de 2010

shh


Sentada no escuro, com a música a soar aos meus ouvidos, a calma e simultaneamente o medo fazem-me companhia, até que chegas tu para desatinar o meu eu, para me deixar sem saber o que sinto e o que penso. Sentas-te a meu lado e eu abro a boca para te perguntar o que fazes ali, colocas o dedo nos meus lábios em jeito de os silenciar mesmo antes de sair um som. Tu conheces-me bem, embora às vezes não aparente. Dizes que eu não preciso de dizer nada e observas os rubores na minha face, olhas-me nos olhos e pedes-me desculpa. A música acabou. Eu não sei porque pedes desculpa, tudo o que fazes está certo.

terça-feira, 9 de março de 2010

desejo.

que caneta estragar hoje? olho para o estojo. merda, são todas boas.

deixa-me riscar este caderno, esta parede branca, deixa-me arrancar-lhe a tinta como se arrancasse a minha pele, despisse este corpo morto, arrancasse cada veia, nadasse em cada gota de sangue. estou cansada, tão cansada, exausta, esgotada deste mundo, deste eu, deste tempo. disto tudo. pause, não me telefones, não me acordes. deixa-me fugir desta realidade ainda que a viagem seja curta e para pior. chorar, mais cada vez mais, sempre mais, que se foda esta vida. deixa-me deitar na cama e morrer.

domingo, 7 de março de 2010

ainda era dia !

O dia, que horas antes era cintilante e fabuloso, escureceu. Não se viam pessoas na rua. Provavelmente estariam em suas casas, descansadas da agitação do dia-a-dia. Os carros, esses, eram escassos. O silêncio era totalmente ensurdecedor. Apenas os postes de electricidade iluminavam aquele pedaço de base, onde decorria a minha/nossa vida. E eu. Um dos poucos seres vivos que ali estava, no meio da escuridão e desprezo da agitação. O ar gélido arrefecia-me os braços, os lábios começavam a dar os primeiros sinais de desidratação e o meu corpo enquadrava-se numa melodia onde a orquestra estava afinada e coordenada em relação ao frio. Bancos de jardim ali estavam. A solidão era a sua companhia e a tinta renegava continuar a fazer parte de si. Sem querer ser parecida com algo que ali estivesse, decidi então fazer-lhe companhia. Sentei-me, ouvi o que ele me disse até ao fim e o calor das memórias e recordações começou a aquecer-me o coração. Ele, no silêncio e confortabilidade que me oferecia, trouxe-me um Passado apagado a um Presente ainda a ser escrito. Li, vi e senti o que essas memórias e recordações me proporcionaram no passado e o que me proporcionam agora. O sentido, a intensidade não é a mesma. Já não sinto o que sentia. Dava tudo para voltar a reviver os melhores momentos e para não voltar a pisar os caminhos que me levaram ao desespero e desinteresse pela vida. Vivo um presente completamente fantástico, e espero num futuro longínquo não dizer mal do que estou a viver agora. Certamente não o direi, mas tenho a perfeita noção que a vida é composta por altos e baixos. É uma inconstante total onde nós vagueamos por onde nos levam, por onde queremos ir, por onde nos deixam e por onde somos capazes. No fundo é um teste à nossa integridade e inteligência. Um jogo real onde jogamos com utensílios, sentimentos e pessoas reais. A realidade, a protagonista.
De repente, o sol inunda-nos de luminosidade...
Levanto-me, sem querer, do banco de jardim e num passo acelerado vou para casa. Durante o percurso comparo o que me rodeia que antes era escuro e solitário, e que numas horas se tornou claro e agitado. Admirava tudo aquilo não com orgulho mas sim com um ar de interrogação. Como é que seria possível aquela rua se mascarar assim, tão rapidamente e se tornar noutra completamente diferente. Era inimaginável, mas real.

.

O meu amor por ti apoucava-se, a vontade de te ter por perto esvanecia. Aí, voltavas em força. Desprender-me não era uma opção. Deixar-me correr livremente por novos caminhos sem o teu nome escrito em cada flor ou teu sorriso reflectido em cada objecto era-te completamente impossível. Não me deixarias ir assim, era um dos teus objectos preferidos. Dava-te jeito ter-me por perto, ainda a perder-me na cor indefinida dos teus olhos, dava-te jeito sentir o meu amor não recíproco à flor da pele. Usá-lo sempre que precisasses, como um perfume (..)

sábado, 6 de março de 2010

Hipotermia

Olho-me aqui, onde os lençóis me humedem o corpo de tão encharcados que estão e me fazem entrar em hipotermia, sem piedade.
Se te dissesse que preciso da tua protecção, aquela que me davas inconscientemente quando ainda me achavas resistente a tudo, consegues perceber que jamais quero que me protejas como por dever? Consegues perceber que em mim, isso não tem qualquer efeito? E que, aquando da tua promessa de protecção, trouxeste um sentido de obrigatoriedade àquilo que outrora era... PURO?

Vou tomar um cappuccino. Não sei que voltas damos, não sei por onde andamos.
Estou aqui sentada, nas nossas madrugadas...

quinta-feira, 4 de março de 2010


Sou um ponto. Um ponto escondido, curioso mas disperso. Que se afasta e se repõe no lugar mais correcto. Sou uma letra, entre milhões de palavras. Entre textos intermináveis do eu de muita gente. Uma letra vazia, mas que até pode ser importante. Sou uma folha, ora preenchida das mais quantas letras e pontos, ora vazia, límpida e singela. Sou um aglomerado de papéis , desorganizados e confusos. Atentos, perspicazes. Maléficos e impiedosos. Sou algo. Um rasto de sonhos. Felizes e ausentes.

quarta-feira, 3 de março de 2010


Somos uma manta de retalhos.
Sorrimos e coexistimos. Podem até existir palavras trocadas e momentos partilhados. Podemos, quem sabe, descobrir alguém de quem gostamos, muito, talvez. Aparentemente tudo está bem e o mundo é perfeito. Mas a nossa manta é feita de retalhos.
Cada um sofre para dentro, para si. Mostra um sorriso falso que ninguém interpreta como tal porque ninguém conhece o suficiente. Cada qual tem a sua história e quase ninguém a conhece e quase ninguém a viu. Veio de longe, ou talvez de perto. Não importa. Vieram de mundos distintos, de universos distantes.
E um e outro representam apenas pedaços. Pedaços que não encaixam. Não passamos de pequenas partes perdidas do que foi, num outro sitio, a uma outra hora, uma grande e quente manta de lã.
E aqui estamos. Ali estamos. Perdidos em nós mesmos. Desejando secretamente que o tempo volte atrás.
Juntos não somos mais que restos de uma perfeição de outrora cosida à pressa por homens desajeitados. E nós? Nós não queremos saber. É a obrigação que manda, não o coração. Esse está longe. Muito longe. Perto, muito perto do que fomos antes. Com quem fomos antes a mais perfeita das mantas.

segunda-feira, 1 de março de 2010

[...]


Doem-me as costas!












... enquanto te tive comigo, não me doíam.
Não me lembro que me tenham doido..



[Volta!]