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não vás, não sem mim.
ficam-me no ouvido, meu amor, todas as histórias que deixámos por contar. ficou tanto para trás, tanto do que poderia ter acontecido. cometemos tantos erros, cedemos à mágoa, renunciámos ao prazer, e hoje tudo se esbate como qual brisa gelada: os nossos dentes batem, as nossas mãos descolam-se com um gemido. não importa realmente, afinal largamos a mão para unir os corpos e combater a chuva. hoje temos medo, temos os dois medo: não negues, meu amor, eu sei que também tens. beijas-me a testa e dizes que vai correr tudo bem.
para ti corre sempre tudo bem. mas o meu medo corre mais do que o teu, eu vejo os minutos passarem enquanto tu dormes. não vás, não sem mim. podemos morrer os dois.
profundo, forte e sentido, gostei :)
ResponderEliminarPrincipalmente a última parte emocionou-me*
ResponderEliminaroh :') gostei tanto
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