Caminho sozinho pelos passeios da cidade. Com os auscultadores nos ouvidos, privo-me dos sons que o mundo emite. Fecho-me dentro da minha concha, protegido pela minha bolha de algodão doce. Procuro com o olhar gente que me seja boa ao primeiro trocar de piscar de olhos. Procuro aqueles que rotulamos de "imorais". Na mochila trago o caderno de capa preta, uma borracha, um apara-lápis umas quantas folhas com letras rabiscadas e neste amalgamar de letras e imagens impressas de variadíssimas tintas, estão revistas, livros a meio e fotografias imprimidas.
Tento encontrar neste ambiente que crio dentro e fora de mim, um sentimento, um pensamento ou o despertar de um belo sonho que até hoje não tive ou que o recorde com facilidade, para que tenha uma epifania e possa escrever as mais belas coisas que já li de mim.
Improviso sem música e com vontade de nunca parar de escrever. Mas isto é agora, pois daqui a pouco a magia irá perder-se no tempo e no espaço e ficarei novamente sem motivação ou como se pode dizer? Sem a adrenalina a correr-me pelas veias do corpo.
gostei muito :D
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