sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

3.º encontro "letras no caminho"


Hoje, dizem, acaba o mundo. Mas amanhã recomeça. E para recomeçar em grande, vai haver encontro do "letras no caminho". Desta vez é em Aveiro e o ponto de encontro é a estação de comboios às 10h.

Traz almoço, boa-disposição e vontade de conhecer gente nova. Aproveita e traz um amigo também!

Podes ver o evento no facebook aqui: http://www.facebook.com/events/390490101039941/

A propósito, agora já podes seguir o "letras no caminho" no facebook (encontra o link na barra lateral).


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Quem me dera poder mostrar-te.

Porque é que tudo isto que chamamos de amor tende sempre a separar-se de nós? Fazer-nos separar, partir corações e alterar estados que não são na realidade os nossos? Oh meu amor, como anseio pelo teu colo, pelo teu peito fofo, para lá deitar a cabeça que me pesa tanto por pensar em coisas que simplesmente não deveria.

Olho para os seus olhos, para o brilho que fazer nascer em ti, seja à noite ou durante o dia. A magia que a tua voz faz nos meus ouvidos. A maravilhosa maneira como tudo em ti se parece encaixar tão bem.
Eu tento abraçar-te mas não o quero fazer. Tento beijar-te, mas também não será isso que eu na verdade quero dar-te. Quero dar-te aquilo que não te posso dar fisicamente. Apenas só o sentimento que tenho por ti, em palavras, em ideias, em tanta coisa. Mas mostrar-te as coisas que o meu coração sente e as memórias que revivo dentro deste meu corpo é que se torna tão preso dentro de mim. 

Quem me dera meu amor. Quem me dera poder mostrar-te.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Ouroboros

Eternidade.
Amo-te Eternidade.
O teu conceito confunde-se 
Com a definição de infinito
Embora jamais se toquem
Nesses vossos círculos devastadores.
Regressas sempre.
Invariavelmente.
Eternidade, tu que te devoras
E que de ti crias vida,
Em ti me deposito
De ti me encho
A ti te amo.  

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Quando nos faltam as palavras certas

Se eu tivesse as respostas eu escrevia-tas sem dúvida nenhuma, nem hesitava responder-te de forma clara a tudo aquilo que que perguntas ao diabo. Rasgas os pulsos na tentativa de largar lágrimas de sangue, soltas os gritos desesperados que te fazem cortar a garganta. Arrebentas com o coração com amores que não sabes como te conseguem manter viva, se bem que de alguma maneira aguentas e gostas de ser torturada de dentro para fora. Pedes a alguém que faça alguma coisa para te livrar dessa possessão de que tanto falas. Essa possessão que te trás tantas dúvidas, tantas doenças às portas do céu desse teu delicado e petrificado coração. Evita encher-te de esperanças. O circo já passou e agora só te restam as noites passadas a chorar.

Eu e tu partilhamos a mesma doença. Cobre as feridas, as cicatrizes dos cortes que se espalham pelo corpo. Somos dois cadáveres de letras, dois cadáveres possuídos pelo medo de morrer sem antes concluir todas as obras a que nos propusemos acabar antes do nosso tempo...

Quando nos faltam as palavras certas para escrever o que não queremos perder...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Ela olhou-me, com olhos preguiçosos de quem acordou no momento errado. Olhou-me, e disse que me tinha ouvido chamar por ela. Estava prestes a entrar num carro, e ouviu-me chamar. Veio ver o que se passava fora do mundo dos lençóis. Palavras lentas e lânguidas abriram caminho pelos seus lábios. "És maluca.". Eu ri e embalei-a para o resto da aula. Acordou no fim com a cara marcada pelo sono e pelo estojo em que se deitara.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Creio eu, em linhas vagas, que a maior injustiça do amor é quando duas pessoas são perdidamente apaixonadas uma pela outra, mas não conseguem ser felizes juntas.