2014 não foi um ano fácil. Era previsível, comecei-o de pijama, no sofá, a ver o E tudo o vento levou na rtp1. Com apenas 21 anos, tive uma passagem de ano típica de alguém que já viveu uma vida. E eu com a vida toda por viver.
É, 2014 não foi fácil. Caí de cabeça muitas vezes. Dei por mim sem chão outras tantas. Perdi aquilo que achava que era um grande amor. Fui perdendo amigos. Quase perdi um dos grandes. Tive de deixar aquele que era já o meu lar. Foi difícil. Senti-me sozinha muitas vezes. E quis desaparecer.
Mas, todos os dias, acordei com uma certeza: Hoje só não és feliz se não quiseres. E por muitas cabeçadas que tenha mandado, por muito não que tenham sido alguns dos dias, fui feliz. Mesmo quando tudo me queria manter no fundo, arranjei forças para me levantar e lutar. Por mim.
E é isto. Este não foi, de todo, o meu ano. Mas aprendi muito. Aprendi sobretudo a ser sozinha. Deixei de ter medo do escuro, do silêncio, da solidão. Aprendi a gostar um bocadinho mais de mim. E só por isso valeu a pena.
O próximo ano? O próximo ano vai ser melhor. Não sei porquê, mas quero muito acreditar que sim. Não sou de superstições nem nada do género, mas tenho a crença pateta de que, como vou entrar em 2015 com os meus - os verdadeiros, os que ficaram, os que valem a pena - vai correr tudo bem.
E se não correr não faz mal. Se todos os anos forem tão maus como este acho que me aguento bem à bronca. Afinal de contas, ninguém nunca me vai impedir de ser feliz. Porque eu quero ser.
Em suma: In your face, 2014.
Identifiquei-me bastante com este texto...
ResponderEliminarA vida é difícil, mas temos de aprender a lidar com ela e, sobretudo, a ser independentes e a reconhecer o nosso valor.
Beijinhos
É com o cinzel do tempo, que esculpimos a pedra bruta da vida, lapidando a geometria dos dias, revestindo-os da tal esperança, que não é mais, que um empréstimo que contraímos a felicidade!
ResponderEliminarUm próspero 2015 repleto de tudo aquilo que almejas.
JINHO
http://diogo-mar.blogspot.com/
já te disse que adoro a forma como traduzes tudo em palavras, Inês?
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