quinta-feira, 11 de março de 2010

shh


Sentada no escuro, com a música a soar aos meus ouvidos, a calma e simultaneamente o medo fazem-me companhia, até que chegas tu para desatinar o meu eu, para me deixar sem saber o que sinto e o que penso. Sentas-te a meu lado e eu abro a boca para te perguntar o que fazes ali, colocas o dedo nos meus lábios em jeito de os silenciar mesmo antes de sair um som. Tu conheces-me bem, embora às vezes não aparente. Dizes que eu não preciso de dizer nada e observas os rubores na minha face, olhas-me nos olhos e pedes-me desculpa. A música acabou. Eu não sei porque pedes desculpa, tudo o que fazes está certo.

12 comentários:

  1. Desculpas assim, do nada? Fiquei aqui imaginando o que ele fez para pedir desculpas...

    Muito bom o texto!

    Abraços.

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  2. "Sentas-te a meu lado e eu abro a boca para te perguntar o que fazes ali, colocas o dedo nos meus lábios em jeito de os silenciar mesmo antes de sair um som. Tu conheces-me bem, embora às vezes não aparente. " adorei esta parte

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  3. não te conheço , mas escreves buéé bem , mesmo (:

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  4. Adoro como escreves! Perfeito mesmo! A maneira como descreves as coisas, quase que nos faz sentir. Adorei :)

    beijinho grande*

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