quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Imprimo o teu sorriso...

As nossas fotografias invadem-me a cabeça. Soltam alegrias que vivemos naqueles momentos em que o sol estava cheio de felicidade para dar a toda agente. Tenho tantas saudades dos dias em que tirávamos fotografias. Agora a máquina fotográfica está arrumada no armário a ganhar pó. Olho para ela e recordo-me de todas as fotos e esqueço-me de tantas outras que aquela máquina tirou. [Ler mais aqui]
Somente somente somente
nós.
Somente nós e nada mais para além disso, e tudo o que é nosso, tudo o que nosso será e nosso se tornará e nós somos, somos nós, somos somente nós e ainda assim somos todo o Mundo.
Somente, somente nós e dói e custa e assusta reduzirmo-nos a nós e nada mais para além disso, mas ainda assim conservamos em nós tudo o que é possível conservar num ser humano, neste espaço exíguo, nesta coluna apertada de oxigénio e de dor nesta cabeça apertada e apartada da comum realidade.
Olá? Está aí alguém?
Somente, somente, somente nós.

Carta de amor I por Leonor Neto

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Estórias irreais.

Nunca escrevi algo que não fosse real. Nunca consegui incorporar personagens que não me tivessem já passado na pele. Mas ontem à noite, pela primeira vez, consegui viver algo que não vivi. Consegui ser quem nunca tinha sido, ao escrever, vivi e senti personagens fictícias, que eu própria criei. Ontem, ao contrário de sempre, escrevi uma história que ainda não foi ditada. E para meu espanto, integrei-me nela. Sentia-a como se fosse a minha. É a isto que eu chamo evoluir no que sou e no que faço. E estou contente com isto!