sábado, 25 de abril de 2009

Define-me sem contradições

Peço-te que me definas com toda a tua exactidão, pois já não sou o que era, já nem sei quem sou.
Dá-me o meu nome e o meu sangue, deixa-me viver na ilusão que não preciso de ninguém, que sou uma única pessoa no mundo com o poder em torno nas minhas virtudes e só a mim me compete decidir assuntos da minha própria vida, dá-me autonomia.
Diz-me o que fui para poder ser melhor e aprender a viver de verdade à minha maneira.
Preciso de buscar o legado do meu antigo pensamento para reter valores e contradições, então diz-me o que fui, por favor.
Nem sei se vale a pena, se o que fui não conta mas sim o que sou agora.
Já não sei nada!
Talvez fosse melhor começar sem saber o que fui, com completa apatia em relação ao passado. Simplesmente recomeçar.
Ajuda-me, não sei viver sozinha.

4 comentários:

  1. Texto bem construído, sempre assim ^^

    Gostei bastante :)

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  2. espectacular :)
    gostei mesmo do texto
    "Talvez fosse melhor começar sem saber o que fui, com completa apatia em relação ao passado." por vezes, é MESMO melhor :)

    beijinho*

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  3. espetacular.

    não sabes a quantidade de vezes em que já me senti, tão só e procurada, enquanto queria fugir mas ficava por perto para que me agarrassem.

    e sabes, tudo o que consegui foi perceber que, quanto menos pensamos saber de nós, mais é o que descobrimos!

    gosto muito (:

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  4. "e sabes, tudo o que consegui foi perceber que, quanto menos pensamos saber de nós, mais é o que descobrimos!"

    é bem certo, tens toda a razão, frase perfeita :)

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deixa tu também letras soltas no caminho