sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

És, assustadoramente, controlador do meu estado de espírito, da maneira como eu vejo a vida e do que quero fazer com ela. Podia até dizer que representas as minhas pilhas, mas não gosto de pensar assim. As pilhas acabam e portanto tu acabarias também. Quando tu acabas eu acabo também. Bem pior que tu. Morro devagarinho, contigo no meu olhar, com a tua expressão de desprezo que me mata.
Agora és, irreversivelmente, dono de mim e sim, podes renegar tal poder mas a que custo? A custo da minha morte lenta?
Entreguei-me, no sentido mais amplo e comprometedor da palavra e, apesar de tudo, não me arrependo da minha decisão. Digo eu, com a minha pouca experiência, que momentos maus existem, mas que não têm de durar para sempre. Pelo menos no amor é assim.
Resta saber se nós somos amor.

7 comentários:

  1. as pilhas podem ser recarregáveis, lembra-te disso =)

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  2. reflectiste exactamente aquilo que eu penso neste momento :( mas eu não mantenho um pensamento tão optimista :x

    apesar de muito simples, muito profundo e obviamente muito sentido. gostei mesmo, mesmo *

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  3. "...maldito seja aquele sentimento que nos impele para a pessoa dos nossos desejos...pois vem sempre abraçada à mágoa que se sente pela ausência da dita pessoa desejada..." como já disse a uma conhecida minha...

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  4. profundo.. contudo, eu deixei de gostar dessas mortes lentas. há quanto tempo andas assim, meu bem? e eu acho que já é há algum! *

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  5. «Resta saber se nós somos amor.»

    porque tudo parte daí
    gostei muito*

    beijinho

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deixa tu também letras soltas no caminho