terça-feira, 29 de junho de 2010

A verdade é que o Mundial é um assunto da berra e como nunca o abordei aqui no blog, vou fazê-lo, pela primeira vez. Portugal com todos os defeitos, com todas as virtudes, com todas as falhas e louvores, a verdade, é que foi uma grande equipa neste mundial. Não pelas oportunidades perdidas, nem pela falta de esperança, mas pela união entre todos nós (cidadãos) e por terem estado lá e terem chegado onde chegaram. Pode ter sido pouco, insuficiente até, mas chegamos lá . E houveram muitas conclusões a tirar deste mundial, muitos riscos tomados neste último jogo, principalmente na primeira substituição, mas, a vida é mesmo assim ! Cheia de riscos! Não vamos dizer, por favor portugueses, que o Cristiano Ronaldo é um «talocha», que isto que aquilo etc. Não vamos entrar por aí, por termos UM grande jogador na equipa (o melhor do mundo diz-se por aí). Uma equipa não é feita de UM jogador, há outros tantos que estão ali, a dar tudo por tudo, a lutar, a defender, a contra-atacar, a estabilizar. Uma salva de palmas para TODOS eles ! E sem querer atingir parcialidades, uma salva de palmas para o Eduardo! Que se revelou um grande grande jogador e que nos deu a todos a provar que não é preciso ser de um dos 3 grandes para ser O GRANDE. Ele sim, foi ali o grande entre aquela baliza, ele deu tudo por tudo , e não não desistiu, teve um azar hoje, mas a verdade é que não é ele que pode fazer milagres, todos tentaram, uns mais, outros menos, mas todos tentaram à sua maneira. Por isso, vamos fazer a diferença e poupar as críticas do falhanço, chegamos aqui hein? Quem tiver a possibilidade de os ir receber ao aeroporto, que poupe os ''uh's'' e os assobios , que bata palmas e que grite, bem alto. E a nós, que não estamos lá perto, vamos louva-los com o nosso coração, com a nossa alma PORTUGUESA !
Parabéns a toda esta selecção.
Viemos para casa, mas com uma mão cheia !
isa meireles

De outros tempos.

Como eu tchi amo. Como eu amo essa graça, esse jeito de menino. E como amo as expressões de homem feito. És-me tudo. Tudo. És feito de carvão e eu, eu sou algodão doce. Derreto-me nas tuas mãos cada vez que me embalas. Desfaço-me em pedaços doces e cor-de-rosa. Só tu para me fazeres deste jeito, não é?

As pessoas adoram dramatizar toda a peça simplória que o nosso coração adopta, só para se sentirem aconchegadas… nem que seja num remoinho de disputas e aparatos. Ridículo.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Em crepúsculos húmidos, os espíritos vadiam por ruas cinzentas, calcando folhas secas & ganindo fados como pétalas que se perdem das mais lindas rosas. O bailar do vento esmaga os seres, secando todo o esplendor dos aromas mudos. Uma lágrima espontânea, escorre, por uma pele pálida e seca despertando sentimentos que envolvem ardentes funerais, que mais ninguém vê. Sente-se um pedaço rasgado a flutuar, onde as palavras descrevem um ódio proveniente do coração.




Mel

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Índia

teu olhar sempre me fez sorrir
pelo mundo espalhavas a alegria
tua voz era doce de se ouvir
e teu ser era a mais pura magia.

hoje deitas-te no colo de um Amigo,
que te levou de mim assim tão cedo,
mas eternamente seguirei contigo,
para que nunca, na noite, tenhas medo.


nunca me esquecerei do teu sorriso, da tua alegria, do teu olhar.
nunca me esquecerei de ti.

com carinho,
do teu catequista,
nuno.


hoje, dia 22 de Junho de 2010, faz um mês que a Índia e a mãe foram assassinadas pelo pai.

domingo, 20 de junho de 2010

Vaidades

Deves ter vaidade, não só no que vestes,
mas também no que dizes, pensas e fazes.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Zero.
Começar do zero.
Desligar e deixar que o sistema limpe.
Respirar fundo.
Respirar outra vez.
Reiniciar e esperar nascer de novo, munida agora de escudos e espadas. Nascer mais longe mesmo quando estiveres perto. Fingir não perder a compostura quando os teus dedos, desejosos e apressados, se perderem no meu corpo. Dividir as emoções em pastas distintas e ocultar aquelas que não me permito a ter contigo. Pegar nas vontades e comprimi-las, avaliar e decidir que a reciclagem está a precisar de visitas. Impedir que corrijas os erros que, em demasia, vejo acusar no ecrã. Dizer-te, no meu orgulho quase divertido que sou autónoma o suficiente para saber cuidar de mim. Hibernar quando os teus olhos se turvarem num nevoeiro cansado, cerrado, prenúncio da tua ida tão certa. Escurecer, exausta das lutas que em mim acontecem sem que eu disso tenha consciência ou mão. Resignar-me à natureza que me escolheu e que, fatalmente, me afasta de ti.

domingo, 13 de junho de 2010

Escassez.



Entro num estado de sonolência premeditado. Transe com razão predefinida. Programo-me para sonhar contigo e sem problemas assim acontece. Sonho com os teus traços bem delineados e olhos imitando botões de rosa. Não me gozes se alguma vez te associar a rosas; a comparação é inevitável. Embora o meu apreço por elas não seja significativo, são o reflexo espelhado da tua alma. Aroma inconfundível. De vermelho bruto. Tal e qual os restos de coração que me concedeste. 
rip brittany.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Mesmo que eu queira muito tu não voltas. As minhas noites andam em branco, o meu coração enche-se de suspiros vazios e tu mesmo assim não vais embora, não bates á porta, não entres, não sais. Estás aí parado, na mais bela sala , a porta encostada e tu não te mexes. Continuas com o mesmo cheiro, com o mesmo sabor. Continuas com a mesma feição. E já passou demasiado tempo... Disseste-me adeus num silêncio profundo que eu não escutei, e tu sabias que eu era de escutar. Tu sabias que para mim ouvir não bastava, escutar é a palavra chave do coração, é um esboço a carvão que deixa sempre os seus contornos. Só gostava de saber como estás, ver-te já não é importante, ver-te não basta. O que tínhamos era um laço demasiado forte. Tu sabias cuidar de mim, eu sabia cuidar de ti, e agora ? Tudo se esbateu no silêncio. Fiquei eu aqui, e tu continuas quieto no meu coração. Talvez a tua alma tenha voado... Talvez o meu coração não te deixe partir. Precisava de ti agora aqui, tu sabes ... Ou talvez não saibas. Mas eu também erro, eu também errei. Não me podias ter só pintado com as cores mais belas da tua mala, não me podias ter encaixilhado no cavalete por viver só para vocês, eu também respiro, eu também tenho o direito de errar. Ao primeiro erro, disseste-me esse adeus tão incompreensível.
Todos os dias te relembro, e no fim, fica esta saudade...
Já passou ''algum tempo'', muito, para quem não sabe quando pode partir... Mas hoje, hoje tenho imensas saudades de te escutar , amigo.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

É medo e querer.

Quando desejamos uma pessoa, não é uma hora, uma semana um mês ou um ano, desejamos para uma vida, desejamos com tanta força que, às vezes, até dói. Desejamos para hoje, para amanhã e para o dia seguinte, desejamos, e desejamos mais hoje que ontem, desejamos ainda mais amanhã. E depois? Desejamos ainda mais, até que um dia a nossa ambição é cumprida. Desejámos tanto alguém que hoje é nosso. E depois, hoje, continuamos a desejar, mas agora não temos só desejo, temos também medo. Desejamos que fique, temos medo que se perca, porque hoje é nosso, queremos que amanhã continue a ser, mas tememos que já não o seja. Porque o que mais queremos, é, sem dúvida o mais especial, e esse especial é o que mais pavor nos cria quando surge a ideia de perda. Quando se perde algo especial, perde-se algo nosso, tenhamos ou não poder sobre ele, até porque, podemos perder sem ter, ou ter sem perder, na melhor das hipóteses, e é, isso mesmo que queremos sempre, ter sem perder.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A todos os leitores desta bela página ; a todos aqueles que dela fazem parte :

Se algum dia achares que há sempre alguém melhor que tu, lembra-te, que não há ninguém como tu. Pois ansiar ser outrem, é deixar o nosso «eu» perdido .

terça-feira, 8 de junho de 2010

mãe

Era uma vez uma menina que tinha o hábito de deixar um rasto de luz por onde passava. Não se sabia se eram os seus cabelos ruivos, se o brilho dos seus olhos, se o sorriso que não largava a sua boca. Sabia-se, sim, que ninguém lhe ficava indiferente - ora a olhavam com inveja, ora se deixavam contagiar pela sua alegria e vivacidade.
A menina dos cabelos ruivos, tinha, na verdade, dois filhos. Segundo consta, era uma mãe compreensiva e sempre disponível, com as palavras certas na ponta da língua, pronta para transformar as lágrimas em sorrisos e os dias mais escuros em feixes de luz brilhantes.
Apesar da distância física, eles sabiam bem que, sempre que precisassem, ela estaria lá. Tinham, mais que uma mãe, uma amiga, a menina dos cabelos ruivos, de olhos brilhantes e sorriso único.

Hoje, dia oito de Junho de dois mil e dez, ela fazia vinte anos, e pensava até agora que os filhos se tinham esquecido do seu aniversário.

(nesta história só não é verídico o uso do pretérito perfeito.)


Una, obrigado por seres a pessoa magnífica que és e por semeares, dia a dia, a alegria na nossa vida.
Obrigado pela tua amizade! És e serás sempre a nossa mãe, com aquele lugar especial no nosso coração!


dos teus filhos,
eduardo e nuno

domingo, 6 de junho de 2010

Olhos e coração

E quando todos os dias me amavas, quando todos os dias me amavas para os olhos dos outros, quando todos os dias me amavas para o exterior; amavas "a outra" para o teu coração, apenas para ti, para o teu íntimo?! Amavas-me no teu esconderijo mais exposto, e "a outra" amavas para no externo secretamente?!
Mas qual de nós tu escondias e qual de nós tu amavas, se passeavas (com) cada uma na sua aldeia: os teus olhos e o teu coração.
Sabes, afinal tu amavas "a outra" porque no interior está o coração; a mim, amavas só para os olhos dos outros. Esconde-me a mim e mostra "a outra". Talvez assim me possas amar a mim e mostrar "a outra". Porque assim estou resguardada em ti e ela exposta, assim conservas-me e mostras "a outra", assim eu fico com o teu coração e "a outra" fica com os teus olhos.

Queres trocar?! Prefiro o coração!

sábado, 5 de junho de 2010

Quem me dera poder ter um recanto, um espaço, um manto... Onde me pudesse (re)encontrar. Um espaço para anoitecer, para amanhecer, para brincar, para sonhar, um espaço, até, para chorar.
Quem me dera que as horas passassem na minha mão e eu as conseguisse agarrar, quem me dera ter alguém que soubesse a 100% que podemos confiar ! A vida é macabra, a vida gira, impiedosamente e leva-nos com ela ! Mas nós somos culpados, deixamos que ela nos leve, deixamos que ela nos deixe cair, deixamos. E deixar não é bom ! Hoje estive ali, em cima de uma ponta 24 sob 24 horas, vi o amanhecer, o orvalhar, vi os carros, 1, 2, 3, 100, vi as pessoas, poucas, muitas, tristes, sozinhas, acompanhadas, de mão-dada, a chorar, vi a noite, vi a lua, mas não vi ninguém ao meu lado. E isso fez-me perceber que nós nunca temos nada nosso , nós nunca temos nada nosso. E não importa as coisas boas que fazemos porque realmente isso não condiciona nada! Passei a minha vida a por os outros à minha frente, a sonhar com os outros, a viver pelos outros, a chorar pelos outros, a sorrir com os outros. Passei a minha vida a acordar cedo, a deitar cedo, passei a minha vida a ter de sair da cama, mesmo doente, passei a minha vida, pelos outros. E agora, num percurso ainda meigo, ainda pequeno, percebo que tenho de mudar, mas não consigo.
Talvez aqui, seja possível: sonhar.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Quem me dera, cara amiga

Quem me dera que estivesses aqui, que pudesses ouvir todo o meu lamento, respeitar e compreende-lo. Que pudesses acompanhar-me no bem e no mal, em todas as horas possíveis. E eu a ti.
Quem me dera poder ajudar-te quando mais precisas e dar-te abraços, minha amiga.
Quem me dera que pudesses conviver comigo todos os dias, sempre igual e fiel.
Podia ser tudo tão diferente, podia ter-te aqui a meu lado, neste paraíso que só agora descobri. Assim já não estarias só, nem eu.
Poderias ver as minhas lágrimas e os meus sorrisos, poderias conhecer todas as minhas caras e facetas, poderias sabe-las de cor. Poderias conhecer todos os meus eu e eu poderia escrever sobre os teus como se fossem meus.
Se assim fosse, não teria de ser perfeito, nem seria necessário, pois de dois seres tão imperfeitos de onde surgeria tal facto?
Quem me dera poder esperar sabendo que esse dia, um dia, fosse chegar e quem me dera que estivesses aqui, sempre a meu lado, para me acompanhar.
Eternamente.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

"letras no caminho" no facebook

Venho informar os nosso caríssimos leitores que a partir de hoje é possível seguir o "letras no caminho" a partir do facebook, utilizando a caixa que está por baixo da de seguidores do blogger.

Peço ainda aos autores do "letras no caminho" que verifiquem o seu e-mail do blogger e vejam o e-mail com o mesmo título que este post.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Aqui me amparo
Neste Ribeiro
De águas frescas
Perto do trigo e centeio

Aqui guardo
A tua chegada
Ansiosa e eternamente
Aqui fico angustiada

Então sonho, com o que vem
E voltas, da tua partida
Voltas para perto de mim
Dando-me amor e guarida

terça-feira, 1 de junho de 2010

criança

olhar puro, mãos inocentes,
uma tremenda alegria,
face de uma nova esperança.
sorriso a mostrar os dentes,
como é gigante a magia
que existe numa criança!


a todos nós, eternas crianças - na pureza do sentir e do pensar - um muito feliz "Dia Mundial da Criança" :)