Quando desejamos uma pessoa, não é uma hora, uma semana um mês ou um ano, desejamos para uma vida, desejamos com tanta força que, às vezes, até dói. Desejamos para hoje, para amanhã e para o dia seguinte, desejamos, e desejamos mais hoje que ontem, desejamos ainda mais amanhã. E depois? Desejamos ainda mais, até que um dia a nossa ambição é cumprida. Desejámos tanto alguém que hoje é nosso. E depois, hoje, continuamos a desejar, mas agora não temos só desejo, temos também medo. Desejamos que fique, temos medo que se perca, porque hoje é nosso, queremos que amanhã continue a ser, mas tememos que já não o seja. Porque o que mais queremos, é, sem dúvida o mais especial, e esse especial é o que mais pavor nos cria quando surge a ideia de perda. Quando se perde algo especial, perde-se algo nosso, tenhamos ou não poder sobre ele, até porque, podemos perder sem ter, ou ter sem perder, na melhor das hipóteses, e é, isso mesmo que queremos sempre, ter sem perder.
Doeu-me tanto ler este texto por me ser tão familiar, por estar tanto presente no que estou a viver.
ResponderEliminarduvido que haja alguém no mundo que nunca tenha vivido tal desejo e tal medo!
ResponderEliminaradorei =)
Isto é apenas um excerto da introdução de uma carta que ainda estou a construir (tenho outro excerto no meu blog). Vivo esse medo, talvez agora mais que nunca!
ResponderEliminarQuem nao tem ou teve medos desses. Gostei (.
ResponderEliminarQuem não os tem^?
ResponderEliminarGostei muito.
ResponderEliminarrevive se.