sexta-feira, 2 de setembro de 2011

eu morro, mas regresso a ti


"Todas as noites te morro nos braços e nas mãos e na pele. Perco-me vezes sem conta no fumo do teu cigarro que me esforço para não inalar. Mas regresso sempre a ti. Um regresso com hora marcada e dias escolhidos a dedo. A minha vida começa às segundas e acaba às quintas. Isto é, quando não morro pelo meio.
Mas tu nunca morres em mim. Eu posso só viver de segunda a quinta, mas tu vives em mim de segunda a segunda. Morro. Mas levo comigo a recordação do teu toque suave, da tua pele macia e dos teus braços de homem crescido e sábio. Morro. Mas regresso. Regresso a ti e ao meu amor por ti. Que morre comigo. E quando digo que morre comigo quero dizer que vai comigo."

Amêndoa

2 comentários:

deixa tu também letras soltas no caminho