há dias em que Te encontro, suspenso na imediata exaltação das sombras.
como se houvesse algures essa Tua chama, ardendo as ramagens secas do outono.
deixo-vos aqui um convite para visitarem o meu novo blogue: http://diariodeumencontro.blogspot.com/
(relatos de uma procura constante por um encontro. comigo. com o próximo. com Deus.)
domingo, 30 de outubro de 2011
domingo, 23 de outubro de 2011
Sentes que apesar de tudo, nada foi em vão. E um dia aprendes que sentir saudades nem sequer significa que queres estar com alguém. Ou que alguém queira estar contigo.
A apatia relevada para primeiro plano permite-te perceber que afinal talvez as coisas não fossem como pensavas. Como desejavas que fossem.
Mas apesar de tudo sentes-te bem.
Não tenho saudades tuas. Das coisas que me deste, saudades não foram uma.
Mas sinto.
Sinto, pois sinto. Saudades daquele carinho partilhado entre duas pessoas que não sabem mais do que podem no verbo amar. Um erro.
Como diria o meu amigo Tiago, um verdadeiro sábio, onde tudo morre tudo pode renascer.
Talvez mude. Quando deixares de sentir saudades.
Quando sentires falta.
sábado, 22 de outubro de 2011
E então dava por mim a percorrer as ruas à procura do mais belo girassol. Encontrava-o, olhava em volta à procura dos seus olhos protetores que já não estavam e lá me punha, com o coração aos saltos, não sei se da adrenalina se por ser para ti, a fanar algo que era de outrem.
Bons tempos, aqueles em que arriscava pouco por apenas mais um bocadinho.
Agora passo pelos sítios onde cometi tais criminalidades e sorrio. Roubei dali um bocadinho do nosso amor. E que amor.
Para o ano eles lá estarão outra vez. E eu cá estarei para eles.
Talvez os seus donos os plantem já à espera que os apaixonados lá passem.
É isso. Só pode ser isso.
Quando eu for grande vou plantar girassóis à espera que alguém mos roube.
Talvez um dia passem à minha porta e digam: "Aqui mora um senhor que gosta de cultivar o amor."
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Sabes quando o mundo lá fora e o mundo dentro de ti se dessincronizam e tu sentes que, apesar de lá fora todos sorrirem debaixo de um dia lindo de sol, dentro de ti rebentam nuvens grávidas de água, inundando tudo à tua volta? Nesse momento escuta a chuva. Ela pede-te que mudes de roupa, de casa e de vida. Vai à rua, corre atrás dos carros, mergulha numa fonte no meio da cidade, fala com estranhos, perde-te por ruelas estreitas, tira fotos a coisas estranhas, apanha um autocarro para um sítio desconhecido e perde-te por lá. Dessa maneira garanto que te vais encontrar, mesmo que estejas perdido.
Afonso Costa
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
reencontro.
reencontrei um sopro preso à minha voz
levava um sorriso meu e uma esperança,
reencontrei um sol, e atei-o com dois nós,
reencontrei talvez o sonho de ser criança.
reencontrei em ti um fogo que me abraça
que trazia preso ao olhar uma quimera
reencontrei a luz na sombra de quem passa
reencontrei-te a ti, na vida que me espera.
levava um sorriso meu e uma esperança,
reencontrei um sol, e atei-o com dois nós,
reencontrei talvez o sonho de ser criança.
reencontrei em ti um fogo que me abraça
que trazia preso ao olhar uma quimera
reencontrei a luz na sombra de quem passa
reencontrei-te a ti, na vida que me espera.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
domingo, 9 de outubro de 2011
um aparte.
Hoje quando o cometa passou desejei que voltasses. Pensei melhor e apercebi-me que vais estar sempre nesta casa. Faz hoje quatro meses que decidi dar a volta ao destino e passar-lhe a perna. E sabes que mais, Avô? Consegui! Estou no caminho certo e, desta vez, vai correr bem. Eu sei que tinhas um grande orgulho em mim e vou continuar a dar-te razões para isso.
Da tua neta que não te conheceu por inteiro, mas que te vai amar eternamente.
(quando se fala em caminho gosto de vir aqui escrever. um beijinho a todas vocês, letras!)
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