quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Fui-me deitar. Estava cansado mas apesar de tudo chamei-te. Chamei-te para vires ter comigo. Para te ver, para te tocar, para te sentir. Para poder ouvir a música que tens dentro de ti, esse rimbombar de tambores que provoca alterações rítmicas nos meus.

Disseste-me que não.

Eu não percebi. Não percebo o que te faz negar constantemente o meu olhar. Será medo? Não sei. Por mim? Por ti? Por alguém terá que ser.

Deitei-me. No escuro abracei-me à almofada. Fechei os olhos para te poder ouvir mas tu não estavas lá. Esperei uma brisa que me pudesse mexer os cabelos. Mas ela não apareceu. Esperei uma gota vinda de nenhures que me pudesse molhar a face que tanto anseia pelos teus lábios. Mas ela não apareceu. Procurei a companhia nos braços dos lençois. Mas ela não apareceu.

Diz-me... quem sou eu? E quem és tu? E o que é isto?

Aparece e faz desaparecer tudo o que eu procuro em outrém. Tu!


3 comentários:

deixa tu também letras soltas no caminho