terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Amigas íntimas

"O mundo destrói a sensibilidade das almas mais delicadas, e enrija e bronzeia as almas mais mimosas. Chego mesmo a dizer que no mundo, nisto que se chama sociedade, não há nenhuma grande e sólida amizade indestrutível entre duas mulheres.
A vaidade, esse cancro da alma feminina, cancro hereditário, de que o demónio lançou a primeira semente no coração de Eva, e que dela para cá tem germinado com insólita energia - a vaidade não permite essas uniões desinteressadas, esses afectos feitos de abnegação e sacrifício.
Conheço mulheres que se querem fazer passar por amigas inseparáveis, e entre as quais não deixa de existir toda a rivalidade e toda a inveja que pode conceber-se entre duas inimigas.
Portanto, se a amizade verdadeira é apenas um sonho nesse meio artificial que se chama a sociedade, para que te hás-de tu cansar em procurá-la debalde?
Poupas-te a inúmeras decepções, e roubas o teu coração ingénuo e bom ao império de infinitas dores!"


Maria Amália V. de Carvalho , 1911

20 comentários:

  1. eu acho que a amizade verdadeira é sempre possível entre duas pessoas, mesmo que sejam ambas mulheres.
    mas adorei as palavras :)

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    1. Gostava de perceber porque é que usam textos completos ou parciais de outras pessoas para contar como um texto vosso.
      Não estão a partilhar nada, estão apenas a perpetuar as coisas sem grande... interesse, diria eu.
      Não podiam ao menos fazer uma critica final ao texto? Tirar umas ideias ou discutir o que retiraram dele?
      Copiar e colar, só porque sim, é plágio.

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    2. Paulo, tens todo o direito em fazer as tuas criticas ditas "construtivas"- afinal vivemos numa democracia, com liberdade de expressão -,mas quando a fizeres tenta perceber quem é que fez a publicação. Quem fez a publicação fui eu, e não toda a gente, por isso não invoques o plural, pois estás a por em causa tudo o que foi publicado anteriormente, por pessoas que tem amor á escrita e tentam conduzir este blogue a bom porto. Segundo, e volto a dizer o porquê de não ter feito uma critica no final da publicação: Este excerto intitula-se por "Amigas íntimas" questionando a existência (ou não) verdadeira de amizade entre duas mulheres. Ora, do meu ponto de vista, este pequeno excerto tem uma conotação subjectiva, em que a minha opinião iria variar consoante as minhas experiências pessoais. Sendo assim, preferi deixar o pensamento de quem lê livre para concordar ou não com o excerto apresentado, podendo dar ou não a sua opinião.
      Terceiro, se achas que é assim tão decadente esta publicação, então não tens liberdade de espírito para aceitares uma publicação que foi extraída de um livro, sem opinião final e que não tinha intenção de ficar bonito ou para receber imensos comentários, se era esse o teu problema.
      Por último, espero que este assunto não se prolongue muito, porque a essência desta publicação, não foi ofender ninguém, nem sequer para ter muitos comentários..mas sim um texto de reflexão, uma partilha nada mais.

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  3. Atenção, não está haver aqui plágio nenhum. O texto está entre aspas e tem enunciado o autor no fim, neste caso autora e a data de quando escreveu. Se for assim tão mau post, posso muito bem elimina-lo, mas quando li este excerto, achei que seria bom coloca-lo aqui no blogue, para que as pessoas pudessem reflectira cerca do assunto, daí não ter feito critica final.

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    1. Quando quiseres responder a um comentário, basta clicares em "Responder", caso contrário, quem comentou nunca vai saber que respondes-te. Esse é o primeiro ponto.
      2º - Acho que partilhas-te algo interessante, e sim, sem dúvida que se pode reflectir, mas copiar e colar, simplesmente, sinceramente, acho muito pobre.
      Podias ter dado a tua opinião, uma outra visão das coisas, uma contra-resposta.
      Numa tese é que és "obrigada" a não ter opinião, aqui não. Acho.
      Por tanto, se tens "voz", acompanha-te dela! ;)

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    2. Pedro, de novo repito, neste blogue cabe ao autor de cada texto decidir o que é que o seu post deve ou não ter. Se fizesse uso de um texto de outrem sem o identificar, aí sim, tratava-se de plágio e não seria bem-vindo. Sendo uma citação devidamente identificada não tem absolutamente mal nenhum!

      (btw, *respondeste e *partilhaste)

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    3. 1º - Não é Pedro, é Paulo.
      2º - Vocês têm mesmo de começar a aprender como responder no blog.
      3º - Acho que partilhar um texto sem dizer mais nada, acho pura falta de inteligência e de opinião própria.
      É isso que eu acho. Acontece aqui e em todos os blogs que visito ao calhas na internet. Fazem sempre uma referência a alguém e acham que estão a partilhar uma grande coisa, quando o importante é mostrar uma opinião. Se for apenas para dizer que o texto é bonito e blábláblá, é no mínimo decadente.
      É nisso que aposto e a que me dedico. Se partilhar alguma coisa, ao menos que partilhe também a minha opinião pessoal. Ou vocês não têm opinião? Usam a dos outros? Isso é triste...

      É a minha opinião. Se fizer alguma coisa, ao menos que seja construtiva.

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    4. Vou dar-te razão uma coisa, Paulo - de facto, não é Pedro!

      Quanto ao resto, acho que chamar à partilha que uma pessoa faz com a melhor das intenções, "falta de inteligência", "decadente", insinuar que, por causa disso, ela não tem opinião, chamar plágio a algo que o não é, entre outros, é uma atitude desprezível da tua parte.

      No teu blogue és livre de fazer os posts à tua maneira, o que não podes é impor o formato que achas que um post de blogue deve ter para os blogues dos outros. No caso do "letras no caminho", repito (e espero que pela última vez): os autores são livres de publicarem o que quiserem e bem lhes apetecer. Nem todos os textos são para dar opinião. Aliás, este blogue foi criado para ser um blogue de partilha, não de opinião. Mas tanto as opiniões, como as partilhas, como as imagens, como os comentários, como as críticas construtivas e como tudo o resto são muito bem-vindos. Tudo menos o insulto gratuito e a crítica infundada.

      Além disso, não há nada de errado em uma pessoa se rever na opinião de outra, isso não é usar a opinião dos outros, é simplesmente concordar com ela (ou tão-só sentir que deve ser partilhada).

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    5. É como tu te achares melhor a dizer o que quer que seja.
      Continuo a achar que os jovens não têm uma opinião própria do que quer que seja.
      É fácil falar e copiar os outros, mas quando é para dar uma opinião, é interessante que usam sempre a dos outros.
      Que usam e abusam de textos de outros só porque acharam giro e fofo e se partilharem vão receber muitos comentários, só para o ego. É triste. E sim, é decadente!
      Uma geração que escreve textos sem o mínimo de capacidade cognitiva ou inteligência, como partilham coisas no twitter, só demonstra que capacidade intelectual não têm nenhuma.
      Sim, tens razão, fazem o que lhes apetecer e partilham o que lhes apetecer, mas ao menos que não seja só copy-paste. Fica mal. Para mim, fica mal e não ensina nada. Partilha, é verdade, mas não mais do que isso. E isso sim, demonstra necessidade de se mostrar.

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    6. Eu não me acho melhor no que quer que seja Paulo, não me confundas ;)

      Que aches que os jovens não têm opinião, até posso concordar de certa forma, mas as generalizações são perigosas. E apontares isso a alguém como a Mel revela um desconhecimento total da pessoa sobre quem falas. Faz uma coisa: visita o blogue dela, e vais ver os fantásticos textos que ela escreve!

      E não, partilhar um texto de outra pessoa não é uma busca aos comentários nem aos gostos (e se fosse, que tinhas tu a ver com isso?), é uma partilha. Eu quando gosto de um texto que leio, gosto de partilhar com os que me são mais próximos. E é também para isso que serve o "letras no caminho".

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    7. "E apontares isso a alguém como a Mel revela um desconhecimento total da pessoa sobre quem falas. Faz uma coisa: visita o blogue dela, e vais ver os fantásticos textos que ela escreve!"

      Lá por ela "escrever" textos "fantásticos", não significa que seja "boa pessoa".
      Ou és só mais um que por aqui anda com essa mentalidade infantil?

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    8. Ela escreve (sem aspas) textos fantásticos (sem aspas) e é muito boa pessoa (sem aspas). E não é uma coisa que implica a outra, mas ambas as coisas são verdade.

      E a única infantilidade que estou a ver aqui é da tua parte. Aliás, esse é o motivo pelo qual vou interromper aqui esta conversa. Simplesmente é pointless.

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    9. Para ti pode ser sem sentido, mas para mim tem uma razão e é fundamentada.
      Não sei porque é que te metes-te na conversa, ela já se calou à muito tempo e eu deixei a minha opinião.
      Se quiseres debater o assunto, ao menos que tenhas razão, e fales realmente sobre ele. Não desvias o assunto para falar da pessoa que o colocou. Tinhas sido inteligente e terias ficado calado.

      Continuo a achar que copiar e colar só por partilhar é absurdo. Mas ela já referiu o porquê. Tu é que pelos vistos não soubeste estar calado.
      Pronto, cala-te lá.

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    10. Primeiro, algumas correcções: *meteste, *há, *desvies, *tinhas

      Segundo: como sabes, este blogue também é meu, pelo que qualquer acusação infundada, como é o caso, deve ser também por mim contradita. Podes considerar a minha intervenção falta de inteligência ou que não tenho razão, para mim é indiferente.

      Mas como autor e gestor deste blogue, vou pedir-te que quando tiveres alguma crítica a fazer para a qual não queiras expor alguma fundamentação lógica e válida ou quando te apetecer simplesmente insultar alguém neste blogue, mantenhas essas intervenções para ti, porque críticas não fundamentadas e insultos gratuitos, como já disse NÃO são bem-vindo neste blogue.

      Muito pior que a falta de opinião (que não é o caso) é a falta de respeito.

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    11. Paulo, não defendendo ou concordando ou não quer contigo quer com qualquer outro dos autores deste blog que aqui se dirigiu a ti, devo apenas dizer que me sinto na "obrigação" de te fazer uma sugestão: lê o restante blog.
      Não tires conclusões precipitadas apenas por um simples post.
      98€ deste blog tem textos e/ou partilhas de autoria própria, pensamentos, reflexões... chama-lhe o que quiseres :)

      Aconteceu neste post o que acontece raramente.. uma partilha sem comentário e/ou reflexão pessoal. E isto não retira crédito nenhum à Mel, pelo contrário! Só pelo simples facto de ela o ter partilhado deduz-se que refletiu minimamente sobre ele e, por pensar ser interessante ao ponto de fazer outras pessoas pensar, partilhou-o! :)

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  4. não Mel, não há motivo nenhum por que devas eliminar o post :)

    Paulo, o texto está devidamente identificado, pelo que, obviamente, não se trata de plágio. Ao publicá-lo a Mel partilhou-o com todos os que não o conheciam, por exemplo, eu. Nada exige que faça uma crítica final nem nada do género. Se a quiseres fazer, porém, é para isso que serve o espaço dos comentários.

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