o teu rosto era pobre, como se em facas mergulhado. teu olhar cinzento, como nunca antes to vira. tua voz rouca, esganiçada até, alguém te mordera a garganta. teu andar podre, caída em desastre cambaleavas. choravas. ou fingias chorar, que não cheguei a ver-te as lágrimas.
levavas na mão três cartas sem envelope e uma flor murcha e estavas a ouvir melodias deprimentes.
sentaste-te na escada do prédio onde senti os teus lábios, da primeira vez. e olhaste-me como quem espera, sorriste e deixaste cair a cabeça para o lado.
aproximei-me, sem me lembrar do passado, aproximei-me por inércia, instinto. e tu olhavas um ponto fixo no lugar onde eu estava há pouco, com a mesma sensação de espera.
estava agora apenas a dois metros de ti e detive-me. senti de novo todo aquele fulgor que nos unira, todo o sonho que uma mentira tua apagara meses antes.
ouvi gritar teu nome dentro do peito, dei mais um passo.
abriu-se a porta do prédio e tu, sobressaltada, olhaste para trás. era ele, aquele que agora caminhava a minha rota, entre os beijos dos teus braços.
afastei-me e uma das tuas lágrimas correu todo o meu rosto.
felizmente há dois caminhos,
entre os beijos dos teus braços!
nosso amor será clandestino!
entre os beijos dos teus braços!
nosso amor será clandestino!
Uau...Gostei mesmo muito :O
ResponderEliminarA dor de alguém agora ocupar o lugar que outrora foi nosso é quase imsuportável, parece que ficamos sem ar.
P.S. Ainda bem que no outro dia me abriste os olhos ao dizer-me para expor o meu coração. Ia ficando sem ele (se é que não fiquei).
beijinho
Gosto sempre dos teus textos
gostei, gostei, gostei *.*
ResponderEliminardepois de tanto tempo, ainda era pouco o que conhecia da tua forma de escrever, mas gosto cada vez mais (:
- um erro, "três carta" -
um beijo na tua face * amo-te ^^
Wow, texto lindo. É complicado perder alguém que gostamos.
ResponderEliminarbeijinhos