É que, nas nossas estações, há sempre alturas em que as nossas folham caem...escurecem. Perdemos todas as nossas folhas e os nossos ramos ficam secos, quebradiços. Demasiado frágeis e vulneráveis à mãos alheias. Enquanto isso, tornamo-nos pessoas diferentes... estranhas... frias, talvez. Gelamos por dentro. Sucumbimos em ventos e chuva que ninguém parece notar. Tornamo-nos tempestades de nós mesmos. Chegamos ao mais fundo... descarrilamos. Mudamos a direcção do comboio e desviamos a próxima paragem. Então renascemos.
Renascemos porque entendemos que precisamos renascer, refazer-nos por dentro... deixar que a nossa vida volte a florir. Então, diferentes do que fomos, antevendo o que seremos... voltamos a encarar a vida de olhos abertos e força renovada. Voltamos a sorrir. [Re]Descobrimos que em nós também há música... também há a melodia afinada dos passáros, pousados nas árvores. Alegres com o renascer da vida.
Sentimo-nos quentes por dentro. Alegres. De olhos brilhantes e sorrisos rasgados. Despidos de quem fomos, vestimo-nos de roupas leves.
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Então, enfim, chegamos a estação pretendida. O comboio para. Saímos. À nossa espera, encontramos as nossas andorinhas... aquelas que saberíamos que estariam lá. Que estão sempre lá... em todas as nossas quatro estações... Andorinhas p'ra vida inteira...
Créditos: a uma das andorinhas mais especiais. Que entre fotos e palavras, trouxe-me um grande sorriso um brilhozinho de felicidade. Num abraço apertado, num dia feliz... Obrigada.
PERFEITO *:*
ResponderEliminareu tenho em mim, cada dia, cada uma das minhas estações e das minhas andorinhas *.*