querida avó,
sempre encontrei abrigo na firmeza das tuas mãos e na ternura dos teus olhos.
o sorriso com que brindaste todos os meus passos foi para mim sempre uma certeza.
sempre soube que, por mais que crescesse, nunca deixaria de ser o teu menino.
o mesmo que seguraste nos braços tantas e tantas vezes. o mesmo com quem brincavas tardes inteiras. o mesmo a quem aturaste tantas birras e choradeiras. o mesmo que queria ir contigo aonde quer que fosses (e que tu sempre levavas). o mesmo que perdeu o tigrinho em paris e não descansou enquanto não o encontraste. o mesmo que perguntava em tom jocoso à campainha "é para a reunião?" sempre que reunias as tuas amigas lá em casa às quartas-feiras. o mesmo que usava as costas do teu sofá para fazer de barco. o mesmo que te tirava os bibelôs da exposição. o mesmo com quem passavas horas a contar estórias com os pedaços de fruta para que os comesse.
e tu sempre com o mesmo carinho, a mesma luz, a mesma dedicação.
sei bem que não partiste este domingo.
muito do que sou hoje foi talhado por ti. muito do que somos, na verdade.
eu, o rui, a catarina, o pai, o avô e a tia lena. e todos os outros em cujas vidas foste entrando.
e foram tantos.
sei que trarei sempre esculpido em mim o teu sorriso, e que continuarei a ouvir a tua voz a dar-me segurança.
"avó é duas vezes mãe", fartavas-te de me lembrar. mas foste mãe tantas vezes que lhe perdi a conta.
hoje sei que continuas a olhar por nós. sei que nos proteges e nos seguras.
e sei que sorris, porque é só assim que tu sabes olhar para nós!
gosto tanto de ti, avó!
um beijinho enorme do teu neto do meio,
nuno.
Obrigado, Nuno.
ResponderEliminarFico com pena de não ter conhecido a tua avó. Mas ela deixa em vocês um legado maravilhoso! Um grande, grande abraço!
ResponderEliminarQue lindo, Nuno! Muita força e um beijinho enorme! :)
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