segunda-feira, 14 de julho de 2014

das promessas

Foi uma noite difícil. Nunca é fácil aceitar que acabou, principalmente quando o problema não é a falta de sentimentos ou de vontades... Mas as circunstâncias, as estrelas, os outros. É, foi difícil. E por qualquer razão, no meio do desespero e da confusão, disseste baixinho "Não era suposto eu fazer isto". Puseste um joelho no chão, agarraste-me a mão e prometeste-me um futuro. Dez anos depois dessa noite.

E eu ri-me, ri-me porque já foram tantas os pedidos de casamento, tantas as promessas perdidas. No entanto, no manhã seguinte, quando o silêncio se apoderou da sala e eu não conseguia deixar de sentir a nossa história escapar pela fresta da janela, tal e qual uma corrente de ar, não me contive.
- Não faz mal, não faz mal porque isto não é o fim. Porque duas pessoas não podem fazer tanto sentido se não puderem ficar juntas. Portanto não é o fim, ainda vamos tentar outra vez. Um dia.
- Afinal és uma romântica - disseste-me.

É, acho que afinal sou.

3 comentários:

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