sexta-feira, 1 de maio de 2009

Voar

Apeteceu-me deixar aqui um poema solto:


Entontecido
como asa que se abre para o azul
abarco a Vida toda
e parto
para os longes mais longes das distâncias mais longas
sei lá de que destinos ignorados!
Como pirata à hora da abordagem
grito e estremeço
liberto!
Grito e estremeço
perdido o sentido das pátrias
e a cor das raças,
livre para todos os caminhos dos homens!
Inebriado de posse
vou contigo, Vida,
como se fosses a minha namorada
e eu te levasse inteira nos meus braços!

(Manuel Fonseca, Poemas Completos, Forja Editora, 1975)

2 comentários:

  1. Adorei o poema, aquele final: "vou contigo, Vida,/
    como se fosses a minha namorada/ e eu te levasse inteira nos meus braços!", mesmo mesmo muito bom :)

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  2. Obrigadão pelo comentário, queridona!

    Agora o blog faz o papel que antes um pedaço de folha branca fazia: o vômito de sentimentos e de pensamentos!

    Gosto de seus textos também!!!!

    Beijão

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deixa tu também letras soltas no caminho