quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Vou-te culpar só a ti.


Estou pronto para atacar. Cravar os dentes em pele pálida e tenra. Espreito por entre as árvores. Não te preocupes, não estás realmente a ser seguida. Estou a brincar, a percorrer o meu caminho. Sabes que é estranho, e que certamente sou o teu inimigo. Começas a sentir-te agoniada. Olhas para trás, tropeças e cais de redondo no chão. Menina de vermelho, não tenhas medo, não precisas de duvidar. Aceita a minha mão, estou apenas a tentar-te ajudar. Nasci para ser um mentiroso. Sabes bem os jogos que jogo e todas as palavras que digo, todas as vidas que tiro, são obras do meu querer, nada mais do que a fome de um lobo.

E por tudo o que acontecer, vou-te culpar só a ti.

3 comentários:

  1. E volto às letras no caminho para te vir aqui ler. E volto sempre, porque continuas a escrever e continuo a achar que as tuas letras têm vida própria. São-te transcendentes. E gosto. Gosto muito. Hoje, decidi, vir aqui dizer-to. O meu gosto pela tua escrita, também me transcendeu.
    Continua, Pedro. Muitos parabéns!

    ResponderEliminar

deixa tu também letras soltas no caminho