Os homens. E quando digo homens, digo mesmo homens de cavalheirismo, onde pelo menos o respeito pelo sorriso feminino está sempre presente. São estes homens, de caneta e papel na mão que tentam de alguma maneira elevar a escrita às simplicidades de uma normal mulher. Falam por metáforas, usando sempre as palavras coração. Carinho. Braços. Beijos. Paixão. Sexo. Segredos. Tremores. Vozes. Saudades. Canções. Delicadeza Forma. União. Simpatia. Sorriso. Lindo. Bonito. Desejo. Complexo. Deformação. E uma variedade de palavras que nem o dicionário se lembraria alguma vez de usar num só texto. Quando falo nos homens, falo de mim, falo de todos aqueles que tentam escrever com o jeito, com o carinho, com a atenção, com o sentimento que a mulher de inteligências sobre-dotadas, ou apenas amores eternos escreve diariamente, esperando pelo seu amado para que lhe seja vista a grandeza da paixão que lhe vai em tão belo coração que dita por palavras, saídas da ponta da caneta, coordenada pelos dedos que tocam no corpo do homem com tão suave gentiliza.
Todos eles tentam. Poucos conseguem. E se acham que conseguem, pensam sempre que um dia conseguirão. Mesmo sabendo que não são mulheres, que as mamas nunca lhe hão-de crescer pelo peito, ou que o órgão lhes seja sugado para dentro, dando ares de outra coisa qualquer. Os que tentam, todos os dias vasculham nos textos das mulheres que escrevem, palavras, sensações, ou apenas a maneira feminina de usar as palavras para descrever de forma querida e simpática, nunca deixando a saudade e o amor das palavras que usam. Eu tento, não escrever como elas. Mas ter em algumas palavras o mesmo sentimento que elas deixam em só uma. No inicio é difícil, mas depois de conseguir tirar-lhes o ritmo dos pulmões, torna-se cada vez mais fácil, escrever como se tivesse o dito órgão vermelho nas mãos.
Faltará sempre a melodia que lhes invade o coração para conseguir escrever como elas.
"Não quero por ninguém a chorar, nem por ninguém com o coração aos pulos por lerem o que escrevo. Simplesmente apetece-me; De tantas vontades que me surge na cabeça, uma delas, é partilhar uma representação do sentimento que nunca deixará de ser cego, surdo e mudo. Chamai-lhe então o que entenderem."
Os homens que escrevem bem são, para mim, os que escrevem sem pudores de parecer nem mulheres nem 'latinos'.
ResponderEliminarGostei imenso.
Talvez não falte nada... Qualquer coisa que venha directamente do coração, de uma mulher ou homem, será sempre bonito, e com significado, talvez os homens não se saibam exprimir da melhor forma, mas sabem fazê-lo basta encontrar a melhor maneira de amar...
ResponderEliminarpareces-me, á primeira vista, um rapaz cheio de força e orgulho daquilo que é.
ResponderEliminaradoro o blog e sigo *
http://passadospresentesfuturos.blogspot.com/ - segues? (:
Gostei muito :)
ResponderEliminarFalte ou não. A verdade é que não é por isso que, na minha opinião, escrevem com menos sentimento.
ResponderEliminarMas gostei! (:
para se escrever como mulher não é preciso ter mamas nem o "órgão para dentro", nem chega ter mamas e "o órgão para dentro". Para se escrever como mulher, basta sentir como mulher, amar como uma mãe e dançar como uma bailarina!
ResponderEliminargostei muito (: