sábado, 27 de agosto de 2011

- Não quero que nada meu seja teu.
- Sabes que te dás sem querer, não sabes?

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Espero que um dia consigas sentir saudades minhas sem que a nossa validade expire.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Que tontos, nós os dois. Não me deixaste ir embora sem um abraço, como sempre fazes. Gostas demasiado de mim, suponho. Um abraço há muito pedido, por nenhum de nós, os nossos corpos exigiam-no e o sentimento apelava por algo muito nosso. Foi quase como um reencontro, arrisco-me, senão um mesmo! Depois de muito foi assim tanto? tempo longe, de alguns problemas ultrapassados andas à procura de um chão para descansar e eu apenas te dou tecto para ficares de pernas para o ar não me deixaste ir embora sem um abraço, como sempre fazes.


Desculpa, reparo nas coisas, como já sabes. Pequenos pormenores. Abraçaste-me com força cuidado com a cabeça! e começaste a brincar comigo com o que mais gosto em ti. O nariz. Cheiraste-me uma, duas e três vezes como quem pensa que à terceira é de vez. Como quem quer guardar o cheiro com medo de o perder no segundo seguinte.



Criaste toda uma bola por onde rebolámos os dois e que olhares tu lançaste, que vi numa face de medo que não a tua, quando se tentaram intrometer no meio de nós. Gosto de te sentir junto a mim, um donut, deixa roubar tempo ao tempo para não ficarmos sós.



Já te conheço o cheiro, sabes? Para mim, cheiras a torradas com manteiga com um toque de melancia. Sim, é isso. É a isso que cheiras. E se por acaso algum dia deixar de te ver porque não prometo amanhãs embora sejam necessários, lembrar-me-ei sempre de ti quando sentir esse cheiro no ar. E vou ficar feliz e sorrir muito. Porque vou perceber e como eu gostava de o partilhar contigo! que os meus para sempre fazem sentido.


E tu vais estar comigo.

domingo, 21 de agosto de 2011




Desculpa. Quero pedir-te desculpa. Porque gostavas de mim tal como eu gostava de ti. Tu nunca disseste nada e eu nunca me achei suficientemente bom para ti para to dizer. Podíamos ter sido felizes. Bastante felizes até.
Mas não fomos.





De que serve a preocupação quando somos a causa da tristeza?



sábado, 20 de agosto de 2011

Conversas com Ela.

Ela - Queria estar contigo neste momento.
Eu - Também eu. Queria chorar no teu colo e dizer-te ao ouvido tudo o que tenho para te dizer e não há simplesmente tempo suficiente para o fazer.
Ela - Chorar porquê coração?
Eu - Porque é quando choro que te sinto mais perto de mim. É quando choro, que os teus braços me rodeiam e tu me aconchegas no teu colo com esse teu sorriso fofo nos lábios.
Ela - Oh amor, não é preciso chorares. Gosto mais de te ver a rir.

És um carinho. <3

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

(entre) paragens.

Vejo foguetes da minha janela, não sei bem por que razão, deve ser alguma festa da terra.

A tua vinda vai ser sempre uma surpresa agradável. Foi bom (voltar a) encontrar-te no café do costume, sem encontro marcado. Nada mudou, a não ser o teu sorriso sem ferrinhos. O charme continua lá, o olhar de quem quer a coisa e o perfume também. Sabe tudo a Primavera. Flui um silêncio agradável e a timidez pairou na nossa mesa. Tudo volta a ser como antes. Conto-te os meus planos mais próximos, de como ia dar mais uma volta de 180º à minha vida e que “tinha que ser, porque eu não aguento muito tempo sem mudança”. A maior mudança da minha vida, naquele momento, era o abandonar daquela mesa e do café. Mal soube que visitaste finalmente as cidades que querias, esbocei um sorriso orgulhoso e ficámos por ali. O meu coração jorrou foguetes e fez uma festa – tal e qual as crianças. Toquei nos assuntos que estavam pendentes e poli as feridas. Foi bom ouvir-te dizer que estou cada vez mais segura do que quero e como o quero. Fizeste-me sentir grande. Concordámos que o passado estava resolvido e, se pudéssemos, viveríamos todas as cenas de filme que nos faltavam – mesmo ali, porque antes das palavras vêm as mãos e as nossas estavam entrelaçadas. De antemão, sabia que irias ficar cá mais um ano, por isso, desejei-te o melhor do mundo (como todo o triunfo que sei que vais ter!) e tirei um postal que comprei no ano passado, da minha cidade-natal. Sorriste e pegaste numa caneta. “Reencontro no fim do próximo ano. Talvez, no Porto. Quero ver-te a cumprir tudo. Eu sei que és capaz. Com todo o carinho, D.” sorriste e devolveste-mo. Sorri também e guardei-o no bolso de trás da malinha branca. Disse-te que ia ver um jogo do Porto e que me decidi mesmo começar a assistir a desporto (coisa que sempre me aconselhaste a fazer). Despedi-me de ti com um abraço – coisa mais que habitual – e um beijo e o toque dos teus dedos de pianista pela minha cara. Virei-me e escorreu-me a lágrima pela face abaixo, aquela que tocaste mesmo há segundos.

Devo dizer que o Porto ganhou e sempre que me lembram que não vai ganhar ao Barcelona, fico com um aperto no peito, tal como fiquei quando fui embora do café. Estou de malas arrumadas e vou partir em breve. O teu postal fica entre o autógrafo do Manel e do David (para te pedir outro, um dia mais tarde.) Quero chorar todo este ano que passou, mas a campainha toca. Sei que é hora de ir e de entrar numa nova estação. Até logo, meu amor, quando estiver mais crescida. Agora tenho de viver o Verão.

Fim do Acto I.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

As nossas vidas podiam ter sido tão mais perpendiculares e tão menos paralelas uma à outra.
Calhou assim, e calhou ter falhado por ter sido assim. Gostava que não tivesse calhado. Ou melhor, gostava de ter tido bases para lutar mais por nós para que não tivesse calhado assim. Mas calhou. E agora ao meu coração calhou ter ficado intacto no tempo, ainda por cima com a porta aberta e com feridas cheias de crosta coladas no chão.
O que não nos dizem em pequenos é que o tal amor verdadeiro é bem mais raro do que um trevo de quatro folhas.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Na vida, não há otimistas nem pessimistas. Há, simplesmente, bons e maus mentirosos. Nós não estamos bem, nunca estamos bem. Vivemos nessa eterna ingratidão para com a vida porque somos mesmo assim, insatisfeitos. O que nos obriga a puxar uns cordelinhos da nossa veia mentírica para deixarmos o que vai lá dentro em bom ou mau estado.

Não vale a pena mentir. É assim e assim terá de ser sempre. Quando perdemos alguém, por exemplo... "Agora, só tenho que continuar. Não vale a pena ficar a viver lá atrás". É numa típica frase destas que começa uma das muitas maiores mentiras da nossa vida. Ao segundo dia, voltamos a pensar o mesmo. E assim vamos alimentando o nosso bem-estar. Porque somos bons mentirosos. Ninguém fica bem depois de perder alguém importante. Isso é estúpido. Mas, infelizmente, é necessário. "Everybody lies" como diz o House, é o estritamente necessário para uma relação saudável. Uma relação minha para com o mundo, o meu mundo.

Sim, há bons e maus mentirosos. E é por isso que passado um certo tempo, ficamos bem. Porque uma mentira mil vezes repetida, torna-se verdade. Mintam! Não sejam sinceros convosco próprios, porque não vale a pena. Ou sejam, à vontade.. O tempo encarregar-se-á do resto. E quem não conseguir mentir... Não vai ficar cá para contar a história. Ficam as marcas. Infelizmente, ficam as marcas.

domingo, 14 de agosto de 2011

Não sabes o que sentes, nem sabes mesmo se sentes alguma coisa. Mas gostas. Gostas e muito. Talvez a diferença esteja no teu relutante pequeno passinho... O passo que não se sabe certo ou errado. Mas o que é que é certo ou errado? Pontapeia a eterna ingratidão para com a felicidade para outro lado e arrisca. Eu vou estar aqui, sempre. E sempre é palavra que consta no meu dicionário.

Faz-me só um favor... Deixa de viver onde não fazes sentido.
Na vida ganha quem tem mais certezas... ou quem menos julga saber?

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O tempo vai passando,
enquanto cresce um vazio,
que nos preenche tão bem,
e que até provoca um arrepio.

Um arrepio que se transforma,
num simples sorriso apagado,
que só a vida sabe formar,
por aquilo que nos tem negado.

O tempo vai passando,
tão vagarosamente,
porque não há nada para saborear,
muito menos, o sabor de antigamente.

E o vazio que vai crescendo,
está preenchido de um doce passado,
recheado de recordações,
e acalentado por uma eterna saudade.

Um arrepio que se transforma,
num nada que passa a existir,
quando a vida nos leva o chão,
enquanto ficamos a ver tudo partir.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Imagine

Imagina-me sentada na beira de um lago frio, molhando apenas os tornozelos. Imagina depois que acabei de fumar um cigarro solitário para dar à memória todo o romantismo que precisa para te escrever.
Imagina tudo isto para que possas perceber o tom em que te escrevo. 
E lê cada palavra ao som de uma qualquer música romântica. 
Imagina que apago agora o cigarro mal fumado no chão, como se aquele fumo que deixo sair da minha boca tivesse encontrado ali uma casa.
Uma casa que já fora tua, lembras-te?
Mudaste o meu mundo, a minha casa, o meu coração. Fizeste de tudo isso o teu mundo, a tua casa, o teu coração.
A água gelada fez-me puxar os joelhos para o peito e escrevo-te agora (ainda) mais do coração.
O céu estava cada vez mais carregado de nuvens. 
É este o céu que me recorda com mais facilidade aquilo que fomos. Não porque fomos tempestade, mas porque fomos vida no meio da chuva. Porque partilhámos foi o frio. E porque o sol que, regra geral, acompanha os apaixonados nunca foi grande patrocinador.
O último foi num dia de sol. O primeiro num de nuvens.
Tiro o último cigarro e dou ao vento o prazer de me gelar ainda mais os dedos. Deixo sair o fumo e apago-o. Rasgo a folha e deixo-a ali. Era grande demais para ti.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

segunda-feira, 8 de agosto de 2011



Quem escreve constrói um castelo, e quem lê passa a habitá-lo.

sábado, 6 de agosto de 2011

não podia ser sempre assim

Todos os dias acabava por fazer a mesma coisa, levantava-me, ia até ao espelho e verificava mil e uma vezes antes de te encarar nesse teu mundo incapaz de penetrar, se o meu sorriso estava no lugar, às vezes, quando me apercebia que já estava mais descaído, voltava atrás e lá tentava de novo instalar essa tão dura expressão em mim. É cansativo tentar colocar-te como se ainda tivesses vida em mim, é um projecto condenado ao fracasso, no inicio foi até entusiasmante e encheu-me da luz que tu levaste, mas dia após dia, apercebi-me que isso não ia trazer o teu orgulho de volta. Não era por agora, que já não estás, e que finalmente deixei de ser um merdas, que tu vais gostar de mim. Sempre fui o típico tipo do estou-me-a-cagar-para-isso e foi o que te desiludiu, querias que te fizesse frente, que me impusesse, mas eu fazer tudo isso agora não te vai trazer de volta. Às deixo-me a imaginar se não podíamos ter sido diferentes, abraçar mais vezes, falar mais vezes, mas percebi que isso quebraria tudo o que somos, e hoje liberto-me da tentativa de impugnar a tua memória em mim. Não podia ser sempre assim, não podia correr sempre ao tentar ser como tu. Hoje quando acordar, vou ter a certeza que não estive apenas a sonhar, vou largar o fato, pendurar a gravata, deixar os jornais de economia na papelaria e vou calçar uns ténis, vestir uns calções, e voltar a ser aquilo que tanto tentavas odiar e amavas em mim - uma criança.

Dormir contigo...

Dormir contigo faz os monstros do meu armário fugir de medo.
Adoro contadores de histórias. Sei contar as minhas mas infelizmente não primo pela espontaneidade. Histórias perfeitas exigem tempo. Histórias boas imediatas só estão ao alcance de alguns. Eu não sou um deles. Mas serei um dia! Quando tiver um pequeno gatafunho irrequieto ao meu lado, na hora de deitar.
Sim, adoro contadores de histórias. Gosto de quando me dão a mão e me abrem uma janela para visitar outros mundos! Adoro perder-me por reinos encantados, ogres mal cheirosos, pinguins piratas ou até mesmo dragões!
Sou fácil de conquistar. Basta um comum Era uma vez e eu sou fisgado para dentro do encanto criado.
Claro que também adoro quando me contas da tua vida. Coisas pelas quais passaste. Embaraços teus! Parvoíces tuas. Não tens jeito para contar histórias, não tens não. Mas olha...

As histórias, mesmo as mal contadas, são sempre uma boa companhia.
Na verdade, não escrever corrói-me. É como se tirassem um pedaço de mim para não mais mo devolver.






[Post completo aqui.]

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

cem perguntas.

espera, o que fizeste? o que fizeste para o meu coração se ter lançado de novo no teu enlace e desta vez não querer partir? pára, o que fizeste? sabes que te amo até ao último defeito? sabes que o mundo gira com mais convicção quando te tenho perto? espera, o que é que eu disse? que te amo? que eu te amo? não é verdade, pois não? oh, tu sabes que é, não sabes? tu sabes que eu te amo, não sabes? sabes que és para mim o mundo? pára, o que fizeste? sabes que eu sei que não suportas a minha maneira de ser? e sabes que às vezes também me irritas? é por isso mesmo que eu te amo, sabias? e sabes que tenho medo? sabes que tenho medo que me deixes escapar de novo? sabes que te quero? sabes que te amo? sabes que às vezes dás comigo em doido? eu acho isso delicioso, sabias? sabes que sem ti não me sei encontrar? sabes que és parva? sabes que gosto muito de ti? sabes que me fazes falta? sabes que esta noite sonhei contigo? sabes que és linda? sabes que dei o teu nome ao meu sorriso? sabes que me apetece saltar todas as barreiras? sabes que quero beijar-te? o que dirias se o fizesse? até onde me deixarias levar-te? espera, o que fizeste? o que fizeste para o meu coração se ter lançado de novo no teu enlace e desta vez não querer partir? pára, o que fizeste? sabes que te amo até ao último defeito? sabes que o mundo gira com mais convicção quando te tenho perto? espera, o que é que eu disse? que te amo? que eu te amo? não é verdade, pois não? oh, tu sabes que é, não sabes? tu sabes que eu te amo, não sabes? sabes que és para mim o mundo? pára, o que fizeste? sabes que eu sei que não suportas a minha maneira de ser? e sabes que às vezes também me irritas? é por isso mesmo que eu te amo, sabias? e sabes que tenho medo? sabes que tenho medo que me deixes escapar de novo? sabes que te quero? sabes que te amo? sabes que às vezes dás comigo em doido? eu acho isso delicioso, sabias? sabes que sem ti não me sei encontrar? sabes que és parva? sabes que gosto muito de ti? sabes que me fazes falta? sabes que esta noite sonhei contigo? sabes que és linda? sabes que dei o teu nome ao meu sorriso? sabes que me apetece saltar todas as barreiras? sabes que quero beijar-te? o que dirias se o fizesse? até onde me deixarias levar-te? espera, o que fizeste? o que fizeste para o meu coração se ter lançado de novo no teu enlace e desta vez não querer partir? pára, o que fizeste? sabes que te amo até ao último defeito? sabes que o mundo gira com mais convicção quando te tenho perto? espera, o que é que eu disse? que te amo? que eu te amo? não é verdade, pois não? oh, tu sabes que é, não sabes? tu sabes que eu te amo, não sabes? sabes que és para mim o mundo? pára, o que fizeste? sabes que eu sei que não suportas a minha maneira de ser? e sabes que às vezes também me irritas? é por isso mesmo que eu te amo, sabias? e sabes que tenho medo? sabes que tenho medo que me deixes escapar de novo? sabes que te quero? sabes que te amo? sabes que às vezes dás comigo em doido? eu acho isso delicioso, sabias? sabes que sem ti não me sei encontrar? sabes que és parva? sabes que gosto muito de ti? sabes que me fazes falta? sabes que esta noite sonhei contigo? sabes que és linda? sabes que dei o teu nome ao meu sorriso? sabes que me apetece saltar todas as barreiras? sabes que quero beijar-te? o que dirias se o fizesse? até onde me deixarias levar-te? onde puseste as minhas respostas, meu amor?

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Gostava de descobrir até que ponto os teus dias estiveram ligados aos meus.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Um dia, ainda não sei bem qual, acho que o perdi por aí ou então nem me apercebi da sua passagem. Mas um dia em que bati com o pé e pude chegar às prateleiras lá de cima. Fiquei orgulhoso e vi muitas faces a contemplarem-me, sorridentes, em pleno contentamento pelo meu grande alcance.
Esticava-me e percebia que tinha chegado onde, infelizmente, muitos não chegam. Fiquei contente por mim. Foi para te dar o que está ao alcance de poucos que me estiquei ao máximo. Ao máximo, ainda não sei.
Sei que esse grande esticão me obrigou a virar a dor do avesso, totalmente ao contrário. Virei-a para dentro, onde ela já, subtilmente, residia. Pânico. Não sei lidar tão bem com ela e ela já comeu um bocadinho do que me resta. Mas ninguém me disse que eu não era capaz e mesmo que dissessem, eu seria na mesma. Por isso, vou sair por aí e mostrar ao mundo que não há nada, nem ninguém, que me pare e me faça baixar os braços. Porque os meus sonhos estão ali ao virar da esquina e sei que os consigo alcançar. Sozinho.