sábado, 29 de janeiro de 2011

Às vezes pensamos que nada vale a pena. Temos o cérebro programado e todos os instintos ajudam-no a pensar que na vida tudo é fracasso e as raras excepções são o nosso auge da felicidade. Pensava assim. E tu também, como a maioria das pessoas.
Ligavas-me a meio da tarde, normalmente à quarta-feira porque dizias que eu te dava força para enfrentar o fim da semana com energia. Por mim dormia contigo e não saía de casa até me expulsares da tua cama, mas foste tu que me ensinaste a interpretar as regras e a cumpri-las sem desdém. No fim, levavas-me a casa e despedias-te com o teu adoro-te mais do que profundo. Sabia ler o teu coração e isso fazia com que me apaixonasse cada vez mais por ti. Sabia que a boca que me beijava era incapaz de me difamar; que os olhos que percorriam o meu corpo eram bons demais para que um dia fizessem os meus chorar. Infelizmente, está escrito no diário do mundo que as desilusões surgem em cenários como estes. O que poderia pedir mais? Foi tudo perfeito. Cada vez que olho o passado, sorrio... e isso faz com que eu esqueça tudo o que me fizeste passar. Sou fraca demais para gostar de ti. Adoro-te

4 comentários:

deixa tu também letras soltas no caminho