domingo, 31 de julho de 2011
sábado, 30 de julho de 2011
sexta-feira, 29 de julho de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Meu mundo meu.
No fundo, sempre me achei dono e senhor do mundo. Um pouco com o nariz empinado, não satisfeito com os limites impostos por ele, vou continuando a fazer de conta que só eu é que tenho importância e quando quero, posso e mando.
Porque razão terei eu que ceder à distância? Não me conformo que duas pessoas não se possam amar, nem que seja por um dia, apenas porque estão longe de mais. E eu nunca fui pessoa para absurdos. Sei que não vai ser uma simples viagem de três horas que me vai impedir de estar contigo. Aliás, não foi.
Mas o que me levou a escrever foi mesmo o facto de ser dono do tempo. O tempo pode ser como eu quiser, e se eu te digo que vai ser para sempre, que vamos ser felizes para sempre, acredita em mim, porque é assim mesmo que vai ser. Porque é isso que eu quero para nós. Um final como nos contos de fadas.
E, para além disto tudo, também me faço dono de sorrisos. Oh, tonto! Dono de sorrisos. Quem ousaria tal proeza, senão eu? E quem fala de sorrisos, fala de abraços. Fala de mimos, de momentos, de lugares. Ouso torná-los meus e transformo-os para partilhar. Contigo. Ou já tinhas tido noção que uma mão se pode apaixonar?
Quero deitar-me contigo e acordar contigo.
terça-feira, 26 de julho de 2011
sábado, 23 de julho de 2011
Somos da geração do Harry Potter...
Quando gostamos realmente de alguém, chegamos a uma altura em que pensamos realmente em superar algumas barreiras que criámos. Para mim, e digo-o repetidas vezes, não há ninguém que não saiba fazer tudo. Pode fazer mal e tal ser confundido com o não saber fazer, mas no fundo há diferença e nós sabemos realmente fazer tudo.
Quando me dizem que não sabem ou que não conseguem, não deixo de sentir uma leve nostalgia por existirem pessoas que não se achem capazes de mudar o mundo comigo ao lado. Não me interessa que as coisas saiam mal! Eu também não sou um artista nas artes plásticas! No entanto, desenhava já uma história aqui, onde entrássemos os dois e o final seria como o dos filmes de animação! Afinal, a nossa parvoíce intrínseca não começa a fazer sentido à frente da pessoa que amamos? Não é à frente dela que baixamos as barreiras que criámos para a sociedade e nos entregamos por completo?
Deu-me vontade de escrever este texto quando pedi para me fazerem algo e me responderam que não sabiam. Conseguimos perceber o quanto significamos para outrem, assim. Se os pedidos foram feitos, foi porque lá dentro a pessoa sentiu que a outra era capaz, algo foi desperto. E quando se repara que não há um mínimo esforço dessa pessoa para corresponder com essa recente curiosidade, reparamos que afinal não somos assim tanto como pensávamos.
Também é algo bastante curioso. Quando aprendemos a amar alguém pelo que essa pessoa é, mesmo não preenchendo as nossas necessidades. Mas as necessidades existem. E agora, falando por mim, quando te peço para o fazeres, gostava que o fizesses mesmo, de bom grado e não só porque te pedi. Gostava que me surpreendesses e volta e meia te lembrasses que eu realmente preciso disto. Que o facto de gostares de mim te fizesse ir para onde nunca antes foste. Para descobrires que realmente és capaz, porque eu sei que és.
Às vezes é assim que o amor funciona. Não se dá corda fazendo simplesmente o que gostamos ou que queremos. Dá-se corda fazendo o que o outro gosta ou precisa. Dá-se corda mesmo não sabendo dar-se corda.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Para a Inês. Com amor, sem cera.
terça-feira, 19 de julho de 2011
Somos fortes...
domingo, 17 de julho de 2011
Verão
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Podíamos sonhar
segunda-feira, 11 de julho de 2011
a tal estupidez,
Amizade, a estrela mais bonita.
Naquela noite estavam perdidos entre a multidão. Olhavam para o céu. Brilhavam seis estrelas que formavam a constelação mais bonita de todas. Uma sem nome..! O olhar dela oscilava entre o azul de águas claras e um cinzento qualquer. O dele mantinha-se no castanho, um terráqueo idealista. Plim! Uma fotografia. Sobressai o batom vermelho dos seus lábios, os sorrisos cheios de tudo e os cabelos, sem esquecer as cabeças viradas para o céu.
A primeira vai ser para a minha avó. – disse ela, porque sempre foi o seu exemplo de vida. As outras ficaram para os que os rodeavam - os amigos - e para o avô que ainda estava vivo e por quem era capaz de dar a vida. Ele escolheu uma para o avô, para os amigos e para o irmão – o seu orgulho, talvez.
Conheceram-se na hora, porque os que os rodeavam acharam que até teria a sua piada juntar estas duas personagens. Ela envolveu o braço à volta da sua cintura, embora não o conhecesse. Ele deu-lhe um beijo na cara e sorriu. O coração dela bateu um bocadinho mais rápido. “Falta a quarta estrela. Ou talvez não. Está aqui ao meu lado.”
A quarta está ao meu lado – disse ele, como se lhe tivesse lido a mente.
Naquela noite estavam perdidos na multidão. Foi ali que nasceu o amor chamado amizade. Repousaram naquele espectáculo de segundos que parecia ser de horas. Passaram-se horas de caminho até casa que pareciam segundos. A partir daquela noite, brilharam todos os dias, desde o estrelar até ao amanhecer.
Obrigada.
domingo, 10 de julho de 2011
Corda bamba
Segunda-feira noctívaga, caminho só[zinha] nas ruas de sons amordaçados e perigos à espreita por cordas vãs, lassas.
E porque simplesmente não me é ceifada a vida?
"Não preciso de alguém como tu."
Alguém como eu... Alguém a quem nem a vida merece ser ceifada.
Numa silenciosa noite de segunda-feira, numa madrugada muda, uma rapariguita passa a estrada sem olhar e o camião do lixo não tem tempo de travar.
Houve uma luz e um chiar.
Um cheiro a borracha a queimar o alcatrão.
E a luz engoliu-me.
Alguém como eu...
Mil e um sonhos.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
As aranhas.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
segunda-feira, 4 de julho de 2011
long time ago,
Disappear
domingo, 3 de julho de 2011
Once upon a time.
Era sexta feira à noite. Ambos tinham compromissos marcados mas de certeza que ninguém ia levar a mal a sua falta. Naquele momento só ela interessava. Só ele existia. Tantos anos passados naquela cidade e nunca tinham reparado como aquele parque era bonito. Era grande, estrondoso. A variedade de árvores, os pequenos bancos de jardim que pareciam propositados para os casais, o lago habitado por todo o tipo de animais. Ele deu-lhe a mão, estavam sozinhos. O medo que era devastador perante tamanha multidão, reduziu-se a um nada embora ela ainda o amedrontasse mais que qualquer pessoa no mundo. “Tenho que enfrentar o que me inibe”. Ela não levou a mal, na verdade, ela também o queria mas não era capaz de lho dizer. Trocaram olhares. Era a segurança que os dois precisavam. A partir daquele pedaço de calçada, da frondosa acácia que os cobria, o mundo era deles. Não havia tempo. Não havia espaço. Havia sim, um ele e uma ela. Um nós! A conversa já ia longa. Já nenhum precisava de falar. Ambos se compreendiam no silêncio das almas. Quais inocentes!?
Chegaram finalmente ao destino. Um pedaço de relva no meio da imensidão do verde. Era só o que eles pediam. Mesmo à sua frente jazia o lago, morto, vivo! Por vezes notavam-se umas leves vibrações ao cimo da água, peixes enamorados de certeza. O amor é contagioso. Ninguém reparou mas nas suas costas desabrochou a mais linda das flores. Viram que ao seu lado estava um barco, longe dos seus tempos áureos. Apesar de já carcomido pelas térmitas e pelo musgo, dormia. E nem eles ousaram perturbar o seu descanso.
Tantas vezes ele tinha pensado naquele dia. Queria que fosse tudo perfeito. Ela merecia. Ele queria-lhe dar tudo e ainda mais um pouco. Passou-lhe a mão pelo rosto. Sentiu cada fresta do seu rosto. Cada nota. Tocava no nariz soava a um mi. Nas bochechas parecia mais um lá. Passou-lhe os dedos pelos lábios e não soou a nada. “Estranho…”, até ele fechar os olhos e escutar. Era como se metade dos habitantes daquela cidade se tivesse juntado para gritar “Beija-me!” em uníssono. Mas não. Eram mesmo aqueles dois marotos, vermelhos, sedutores.
Chegou o esperado momento. Tinha que ser. Nenhum deles conseguia esconder o enorme desejo que os atravessava. Era isso que os fazia viver. Os lábios um do outro. E ambos tinham sede de vida.
É estranho como tudo o que nos parece morto e não nos diz nada por momentos nos dá o mundo. O barco acordou com o leve entrechocar de lábios, espadas tais!, barulho sem igual. O tráfego de pirilampos aumentou e virou tudo um jogo de cores. Quem estivesse por perto perceberia perfeitamente que o coro de grilos começou a trautear uma das mais lindas músicas, enquanto a cigarra cantava o seu solo “Kiss me, Oh kiss me!”. Das profundezas do lago emergiu um mar de bolhas. O lago também se ria. E já não era a primeira vez que ele assistia aquela cena. Tinha perfeita noção do que a sua presença podia fazer por alguém apaixonado.
Ele meteu-lhe a mão na barriga e começou-lhe a fazer cócegas. Interrompeu o momento deles. Mas não faz mal. Já tinha acontecido e não tinha chegado ao fim. Ela adorou. “Perfeito.” pensou.
E naquela noite, o dia foi só deles.