sábado, 27 de junho de 2009


não há necessidade de mentir, dizer que não há forma de eu fugir sem te perderes. não me digas que sou a culpada, não te culpes a ti mesmo para eu ficar. vou embora deste jardim, agora sem vestígio de vida. despi o passado, como ainda me encontras? o nosso fogo queimou-nos. sacrifica o teu ar e afoga-te de corpo desfeito em águas mortas. eu não estou perto de ti; nem pedi unidades de salvamento. chegámos antes de partir, por onde queres ir? a corrida já acabou. toda esta luta, esta derrota, esta dor. não basta fingires, podes parar, não basta o mar alto em que remas. eu vi o fim há muito tempo. nada de mim mudou, eu só desisti de procurar.
foi só por me teres julgado cega; eu não desesperava por companhia. pergunta o que quiseres, eu não vou responder.

imagem de luís belo

4 comentários:

  1. só tinha isto a dizer ;D até nunca mais, minha gente! *

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  2. embalado em doces braços e palavras, cambaleando, levaste-me a cair de uma montanha, em cima de um monte de espinhos. desilusão, tu.

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  3. é preciso uma conversa equilibrada, não textos de blog e etc.
    já passei por isto, também.
    força, *

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deixa tu também letras soltas no caminho