segunda-feira, 23 de maio de 2011

Eduquei a minha própria alma a recorrer aos outros para lhes roubar pedaços. Roubo o amor dos mais sensíveis, o desejo dos mais quentes, a pena dos mais tristes, a inteligência dos mais loucos. Roubo, roubo e guardo tudo. Desconstruo-me e volto a construir-me passo a passo. Não me ligo às minhas vítimas, finjo que ligo, não os gostos, mas simulo que estamos ligados por sentimentos mais ou menos fortes. Se não amar nada também não me irei magoar, e se for desfragmentada já ninguém terá capacidade para me partir mais o coração.

5 comentários:

  1. Enquanto lia o texto, ia coçando o queixo como quem faz aquela barbicha na ponta xD
    "Mesmo interessante..."

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  2. e se ninguém te puder partir o coração por ele estar indefinidamente partido, o que ganhas com isso em felicidade?

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deixa tu também letras soltas no caminho