visita, lentamente. chega manso, perto. tiara de flores que te presenteio. não te demando acoitar, nem aparentar carecer. rogo-te, simplesmente, que acarretes o teu corpo e que acolhas comigo a hora da morte...
nosso ódio melódico sabe bem a más horas. apetece chorar poesia, meu amor. e que advenhe em lágrimas e que se esfumasse. oh, não me peças os sadios sonhos que te sei enlevar. triste, eu já só tenho tabaco.
esta sinfonia macabra soa bem sobre a aurora. acorda ela cedo e bem se diz despertar e súplicas se ouvem quando as encaminho ao tempo, para que não lhe permita que vá tarde mas só jura partir quando sabe, certa, ir embora. pois temo que o poente encerre um recomeçar maldito sobre quem acorde.
vem sepultar comigo o infortúnio que certo se deleita sobre nós ou vem, apenas, para que a terra baile connosco em amargurado descanso. sabes não haver um maior despertar, sobre o vigarismo do entardecer…
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em vão, foram queimados mais de três meses, amor.
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fotografia e texto: eduardo morgado
nada em vão, ed.
ResponderEliminaroh, estes teus textos é que me fazem mesmo pensar.. *
como se não fosse possível envolver-me de uma forma terna nos teus textos e perceber-te ao moldar as tuas letras a situações que deixo por sentir.
ResponderEliminarestá muito bonito, meu menino, simples, claro e mágico.
eu blamo-te daquela nossa forma especial, melhor amigo <3 *
(desculpa, não consegui evitar sublinhar que és assim aquele meu amigo especial há tanto tempo :$ )
"sabes não haver um maior despertar, sobre o vigarismo do entardecer" adorei, mesmo *.*
ResponderEliminarainda não fizeste aquele comentário que te disse para fazer --' este post é sobre isso, não é?
vá, adorei =)
odeio-te às cores, melhor irmão <3
um grande texto, mesmo. (:
ResponderEliminar"nosso ódio melódico sabe bem a más horas."
Retardado se entrega eterno.
ResponderEliminarbonito =) *
"caminhamos fielmente ao som lento da melodia e de que nos vale o andar? amantes somos do velho orgulho que, retardado, se entrega eterno."
ResponderEliminarTexto super expressivo :D
Beijinhos
"visita, lentamente. chega manso, perto. tiara de flores que te presenteio. não te demando acoitar, nem aparentar carecer. rogo-te, simplesmente, que acarretes o teu corpo e que acolhas comigo a hora da morte..."
ResponderEliminarnão há que ter receio de vir de mansinho. é sempre assim que começa.. *