terça-feira, 28 de julho de 2009

saudade. a eterna ausência. arrastam-se cardos, morrem espinhos, e mais uma volta ao ponteiro. cheiro a incenso e a vazio. isto de quem entra e se aconchega num recanto, deixando a sua fragrância entre os lençóis que, após a despedida, se mostram estrangeiros. extinguiu-se a química, o toque, o beijo, cada milímetro dessa pele que eu tanto queria sentir, arderam as palavras e da combustão resulta, nada mais nada menos, que apenas saudade. inspiro arrependimento, por ter deixado em corpo teu, apenas memórias e remorsos. expiro longe, esperança.
a saudade, meu amor, também mata.

5 comentários:

  1. a saudade é a pior companhia que podemos ter.

    adorei o texto =)

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  2. «a saudade, meu amor, também mata»

    escrevo algo parecido frequentemente.
    a saudade é algo que podia ser bom, saudável mas que, na maior parte das vezes, nos mata.

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  3. expressivo. A saudade deixa-nos um nó no estômago, e não dói pouco :x

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