quinta-feira, 30 de junho de 2011
Just imagine
"Olha, olha! Tem uma ferida."
E antes mesmo de te contar a história da ferida, levaste inconscientemente o meu dedo à boca e beijaste-o.
Ponderei mostrar-te o coração.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Vamos ser fortes.
D. Duarte.
Era uma vez. Certo dia, quando ainda mal te sabia os passos, pensei em ti e tu apareceste. Foi de uma magia inexplicável que até amarrotei o copo de plástico que tinha na mão. Apaixonei-me pela maneira como falavas e abarcavas qualquer assunto que atiravam à mesa. Os teus olhos percorriam todos os cantos daquela sala e, não fosse a tua maior virtude a perspicácia, encontraram os meus num piscar. E depois, apaixonei-me pela rapidez dos teus dedos e pelos sons que vinham das tuas mãos. A minha barriga cresceu com as borboletas que nos rodearam.
Hoje somos a 3ª pessoa. Ele faz par com ela porque são o Sol e a Lua. Ele é alto, tem as costas largas e o cabelo preto. As mãos são grandes e deslizam perspicazmente. Dos seus olhos emana um verde que reluz nas noites mais frias, brilha nos dias de chuva e clareia nos dias de Sol – o espelho do que realmente os guia, uma esperança infinita. Tem ares de quem sabe do que fala – dizem que sabe mesmo – e sorri da maneira mais subtil. Não gosta da vaidade, mas é da espécie das fénix. Renasceu num ser individualista e independente, contudo do sentimentalismo exagerado. Ela é assim-assim, mas está à medida do seu queixo, pelo menos chega-lhe lá o nariz. O mar cresceu com ela, as ondas no cabelo ladeadas de um fogo que arde sem se ver e o azul-espuma nos olhos. Habituou-se a escrever porque é assim que sonha. É uma personagem do século passado, a quem cabe amar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença até que a alma os separe; e que vive para um altruísmo que a arrasta até à noite. Hoje bate-se com o pé porque se voltaram a ver. O nome dele ressoa nos cantos dos corredores onde se encontraram pela primeira vez. Um par de sofás e um par de almas perdidas à espera de só-mais-uma-aula. Hoje bate-se com o pé porque o Amor se escreve com letra grande e o alarido é feito à varanda. Ela não veste um vestido branco, porque prefere ir com um azul manchado de pintas brancas – da não-formalidade. Hoje dança-se porque ela corre para os braços dele e puxa-o para a varanda. Formam o par real da realidade que é o sonho.
Hoje reclamo o que é meu, porque eu estava lá primeiro. E quanto te vi, imaginei como seria voltar a ser ao teu lado. E porque há sonhos que sabem melhor ao vivo, encontrei-te num banco do rio e sentei-me ao teu lado. Desdobrei a força do abraço que me deste e adormeci ali, ao teu lado. Hoje sorrimos para os que nos admiram – nós mesmos.
Hoje somos a 3ª pessoa. É uma vez nós.
terça-feira, 28 de junho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
domingo, 26 de junho de 2011
Cócegas nas orelhinhas.
Agarrou-a pela mão e puxou-a ali para o lado. Tudo nela era perfeito. A saia que nem lhe assentava nada bem, as unhas pintadas que ele nunca gostou. Mas o sorriso, os olhos onde ele se podia perder durante todo aquele tempo, até a pequenina cicatriz ao pé do nariz... Deu-lhe um mimo, mexeu-lhe nas orelhas pequeninas fazendo-a contorcer-se de riso. Memorizou cada pequenino gesto.
Pegou-lhe na mão e pousou-a no seu peito para ela sentir o seu coração pequenino a bater intensamente. E ela corou.
Falaram e falaram. Riram juntos. Ela lá lhe deu uma de tia e apertou-lhe as bochechas.
Despediram-se com um beijo.
Ele? Ficou a sonhar com uma próxima vez.
M.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
a curto e a longo prazo.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
sdrawkcab
outra vez o mesmo assunto?; a exaltação dominava o seu olhar furioso; não te disse já que não queria falar sobre isso?; mas eu só queria saber porque é que não me disseste nada; não tens nada a ver com isso, se não disse foi porque não havia nada para dizer!; ele olhou-a de cima a baixo sentindo-se um tanto ou quanto perdido: não querias que eu soubesse? porquê?; um pesado silêncio abraçou as suas vozes, mas não demorou a ser quebrado: cala-te!
enternecidos, os olhares dos dois cruzavam-se constantemente. e não só os olhares. também os lábios e as línguas. quem os viu garante que o cheiro era a felicidade com um travo delicioso de limão. por momentos paravam, de mãos dadas e corpos cruzados. paravam tão-só para se contemplarem um ao outro. entre dois sorrisos e meio copo de leite, ele pegou numa caneta e desenhou-lhe um coração nas mãos. ela sorriu. um momento de silêncio: porque é que não me disseste nada?
esta é que era a ordem certa, meu bem.
PS: Já agora, parabéns à Carolina (PR''), autora deste blogue, que hoje faz aninhos :b
Estranha poesia.
terça-feira, 21 de junho de 2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Faz figas!
Estás longe. Muito longe. E eu sinto tanto a tua falta. Mas ontem, voltei aos meus pequenos 5 anos. Fechei os olhos, fiz figas e fiz muita força! Foi quando senti aquele beijinho molhado na testa. Daqueles que tu tanto gostas. Olá borboleta. Vem e fica esta e outra noite. Vamos sonhar os dois, pequeninos. Enrolados. Gosto de ti sabes?
E percebi que quando se quer muito muito muito uma coisa, a distância desaparece.
Quando eu era pequenino, disseram-me que se eu quisesse muito uma coisa, fazia força, muita força e figas! e fechava os olhos e, como por magia, essa coisa aparecia.
domingo, 19 de junho de 2011
senhor manel.
dias,
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Surpresa no anzol.
coreografias.
Ser sorriso contigo.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
quarta-feira, 15 de junho de 2011
meu amor,
Há bastantes "drafts" em branco.
Mas isto sou eu. :#
Se...
segunda-feira, 13 de junho de 2011
domingo, 12 de junho de 2011
am I dreaming?
sábado, 11 de junho de 2011
A melhor amiga.
terça-feira, 7 de junho de 2011
segunda-feira, 6 de junho de 2011
6 de Junho de 2011. O meu coração descarrila enquanto escrevo estas palavras. A poucos dias de fazer anos e de desfazer nós, escrevo para doer menos. Desde os 18 que as palavras custam menos a sair, mas são mais intensas. São, tal e qual os momentos que me foram proporcionados. Dar o braço a torcer já não é tão mau, mas dar um abraço sabe muito melhor. Dar a mão já não é tão simples quanto isso, muito menos um beijo. Já corro por vontade, caio e rebolo em qualquer sítio, esquecendo-me do resto. O Amor já é mais maduro e está dividido por algumas pessoas. Já consigo encontrar a criança que há em mim espelhada na rua; deixei de me isolar porque sim. Aprendi a erguer a cabeça ao andar e a reparar no que realmente está à minha volta. O nariz de menina caprichosa teve de se adaptar à vida organizada. Deixei de ser ambulância, passei a ser comboio. Tudo na vida é vai-e-vem, com algumas regras. Obediência é a palavra certa, acompanhada de respeito. Esta que escreve ainda é semi-séria, mas passara a levar a vida mais nas mãos e não tanto no coração. E neste malabarismo todo, podemos encontrar um verde – porque é a cor que vai predominar sempre na minha vida – bastante acentuado, pelo menos no seu coração. Deixei de confiar em olhos verdes e a dar mais importância aos castanhos. A verdade é que sempre gostei deles. Fiz os 3 furos que completam o círculo e cataloguei a vida por datas de tudo e mais alguma coisa. Fechei algumas portas e abri janelas porque o Ar tem de circular. Eu a chorar e o primeiro ciclo a começar a fechar.
Que venha então mais um, mais uma casa e uma nova porta – os Senhores 21.
Este texto vem como resposta e agradecimento ao texto que me escreveram no ano passado (eduardo e nuno) [aqui]. Poucas vezes são as escrevo e as que comento, apesar disso passo aqui todos os dias.
Um beijinho grande a todos com letras recheadas de carinho. *
domingo, 5 de junho de 2011
Divagações - III
Os obstáculos apenas separam aqueles que se deixam separar.
sábado, 4 de junho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Penso que lá no fundo tu tens bem a certeza disso. Dou-te corda não dou? E permito-te viver outro e mais um dia.
Tenho-me esquecido de dizer que gosto de ti. Entendo perfeitamente a necessidade de tanta distância. Não queremos dar uso ao que é bom com medo de gastar. Olha só, somos perfeitos conhecidos e não nos tocamos.
Tenho-me esquecido de dizer que gosto de ti. E passamos as noites de mãos dadas. Tu aconchegada a mim. Os dois debaixo daquele cobertor velho que já não sabe mais nada a não ser o nosso cheiro. Pobre cobertor. Era dispensável, mas nós sentimos tanta pena dele que juntos aquecemo-lo.
Gostava de me perder nesses olhos castanhos. Mas amedronta-me o facto de não saber de cor o caminho para a saída.
Tenho-me esquecido de dizer que gosto de ti.
Dás-me a mão? Só porque sim.