Já se conheciam. Bem de mais. Mas nunca tinham estado juntos, pelas mais diversas razões. Naquele dia, sem mas nem porquê, conseguiram. "Estou aqui. Vens ter comigo?" e ele foi. Encontrou-a sentada, à espera dele, naquela paragem de autocarro. Foi ele que a viu ao longe, ficando a admirar a sua beleza antes de ir ter com ela. E quando se viram, os olhos brilharam. Trocaram um sorriso. Ele abraçou-a com toda a força do mundo, como quem diz que quer ficar ali, com ela, para sempre e nunca mais largar. Nenhum deles falou, não era preciso.
Agarrou-a pela mão e puxou-a ali para o lado. Tudo nela era perfeito. A saia que nem lhe assentava nada bem, as unhas pintadas que ele nunca gostou. Mas o sorriso, os olhos onde ele se podia perder durante todo aquele tempo, até a pequenina cicatriz ao pé do nariz... Deu-lhe um mimo, mexeu-lhe nas orelhas pequeninas fazendo-a contorcer-se de riso. Memorizou cada pequenino gesto.
Pegou-lhe na mão e pousou-a no seu peito para ela sentir o seu coração pequenino a bater intensamente. E ela corou.
Falaram e falaram. Riram juntos. Ela lá lhe deu uma de tia e apertou-lhe as bochechas.
Despediram-se com um beijo.
Ele? Ficou a sonhar com uma próxima vez.
Escreves bem. Escreves mesmo bem.
ResponderEliminarGostei muito! Você fez um tipo de escrito que nos impulsiona a desejar ver o fim.
ResponderEliminarBjs.