Numa outra cidade, que visitei num fim de semana, encontrei, diante de mim, uma bela menina. Faces rosadas, de nariz avermelhado, fungando umas poucas vezes. As suas mãos brancas abraçavam o corpo, que tremia debaixo da chuva, debaixo das nuvens cinzentas que empestavam o dia. Olhava para o chão. Olhava-o de lado, com a bochecha direita metida para dentro, parecendo que estava a sorrir de algo.
Observei o seu ar, solitário, carregado de frio e esforço. Abeirei-me da sua presença, um tanto tímida, deva-se dizer. Peguei-lhe numa das suas mãos, abracei-me a ela, e esta ficou a olhar para mim, espantada e confusa. Afastou-me, sentindo de repente uma enorme rajada de vento que consigo trazia gotas da chuva, bastante geladas. Fechou os olhos com força, fechou os lábios da mesma maneira, e juntou de novo os braços. Voltei-me novamente para perto dela, e aí, sentindo que o vento passa-lhe ao lado, abriu os olhos, deixou de fazer força nos lábios, e fitou-me sem demoras. Olhava-me com alguma ansiedade, estando ao mesmo tempo, com uma mão no meu peito, evitando que me chegasse para mais perto, aconchegando-a. Não me deixou. Não me importei, mas, mantive-me ali, ao seu lado, defendendo-a da chuva que a queria atacar de forma exaustiva. O autocarro chegara, e partira com ele.
Sentada no banco o mais chegada à janela, olhava-me uma ultima vez. Fê-lo de uma forma tão suave e elegante. Queria saber o seu nome, ou então, inventaria um nome para aquela cara redonda e querida. A sua tristeza, fugiu, quando me sorriu no ultimo momento que a deixara de ver.
Está assim tão mal o meu texto? :(
ResponderEliminargostei muito (:
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