domingo, 22 de agosto de 2010

P.S.- Pr[o]cu[rações]

Está deitada no escuro. A luz do telemóvel e o seu sonoro vibrar interrompem-lhe a meditação, afligem-lhe a vista. Pisca os olhos de forma sôfrega, habituando-se. Então lê:

- Traduz-me um "quero-te".

Deita um esgar agridoce ao quarto. Inspira e responde:

- "Quero-te" forma conjugada do verbo querer, que traduz desejo a, ou ânsia de.

O telemóvel põe novamente o quarto numa vibrante meia luz:

- Ahah. Boa explicação! XD

Adormece.
Borrega

Créditos:
Imagem: by Alena Chendler, in here

4 comentários:

  1. Óbvio que não me importo, Mundo.
    Ou não fosse esse o p.s. que faz toda a diferença!

    Tal como todos os "p.s's" que temos vindo a descobrir juntas. São, sim, verdadeiras orações! Lá nisso, tens razão! (:

    [A minha mania deve-se a uma única coisa: tu tens a mesma mania. ;)]

    Um abraço bem apertado, dos nossos (e que tanta falta me fazes, Deus!) *

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  2. Talvez apenas MundO* [vejam-se as nossas duas formas de o escrever numa só] pudesse resumir tudo, tudo, tudo.
    Mas não era a mesma coisa ;)

    És vital *

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