Afinal o que fazes tu enquanto eu vejo museus, enquanto piso ruas que não as minhas e amo camas que não as tuas? Afinal o que fazes tu enquanto me curo, enquanto faço malas e carrego baterias para recuar quilómetros de saudades que estupidamente te tenho? Afinal, o que fazes tu enquanto falo noutra língua, enquanto caminho rodeada de monumentos que me obstruem a visão como que compreendendo a fronteira que nos separa, os países que nos acolhem?
Tudo.
Tudo aquilo que fazias quando me metias no carro de bancos largos e as ruas eram pacatas e corriqueiras. Tudo aquilo que fazias quando falávamos na mesma língua e eu pensava que não precisava de viagens, de malas feitas à porta.
Afinal tu sempre fizeste tudo. Quer eu visse museus ou me deitasse na cama contigo.
E aí é que está a fronteira.
Oh meu Deus!
ResponderEliminarCom ou sem a gente, a vida dos outros continua. Assim como continua a nossa também, mesmo com alguma ausência. Quando é recente, fica difícil não sentir dor ao perceber isso, mas o tempo nos faz pensar cada menos no assunto.
ResponderEliminarE há muito que se aproveitar vida afora, estando nós acompanhados ou sozinhos.
Lindo texto!
Abraços.
A vida segue. E por vezes quando temos a verdadeira noção disso doi. Porque ainda sentimos o seu cheiro o seu toque em nos e quando nos apercebemos ja nao esta connosco e seguiu a sua vida mas a vida e assim. E o que devemos fazer e seguir em frente sem olhar para trás pois o passado nao volta por muito que isso nos magoe ou faça chorar. Seguir em frente seja a cair ou de sorriso a disfarçar a grande tristeza que ainda ha dentro de nos e sempre a melhor opçao. Afinal a vida sao tres dias um ja passou, outro é o hoje e é nesse que temos de construir a nossa felicidade mesmo que isso nos magoe e nos custe. Porque por vezes é preciso marcar fins para nascerem inicios muito mais risonhos. (:
ResponderEliminarEstá tão bonito. Vê-se que sentes o que escreves :') continua assim.
ResponderEliminarTão bonito :$
ResponderEliminarAcho que chega um dia em que todas perguntamos isso.../:
gostei imenso =)
ResponderEliminaré verdade, a fronteira por vezes está naquilo que parece que nos une.
mas uma vez criada, é difícil destruí-la. há que seguir em frente, rumo a um mundo novo, mais colorido =)
que texto bonito :)
ResponderEliminara saudade é o surrealismo tornado real, e a dor não sabe manter-se no reino do inconsciente. muito bom texto.
ResponderEliminaré fantástico tudo aquilo que escreves, Mara *
ResponderEliminargostei :o
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