Morte. É das poucas coisas que temos a certeza na nossa vida. Um dia, todos o sabemos, a morte bater-nos-à à porta. Sem justificações. Aparecerá e levar-nos-à.
A forma como a vemos varia. Varia conforme as coisas em que acreditamos, consoante a forma como vemos o mundo.
Contudo não pensamos muito nela - felizmente, talvez. Vivemos a nossa vida como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Pois bem, não o temos. Não temos porque ela chega sem mais nem ontem e rouba todo aquele tempo que achávamos que tínhamos. Em plena infância, quando ainda nem sabemos bem o que ela é, a morte aparece, rompe as cortinas dos sonhos e leva-nos. Com a mesma rapidez. Em plena adolescência, por entre os problemas existenciais, no meio de toda aquela vida que ainda há para viver. Depois, em adultos, quando se trabalha para o descanso que já não vem com a reforma. Por fim, se não atacar em alguma destas fases, aparece na velhice e impede aquelas mãos enrugadas de ver o neto tornar-se Doutor.
Ela vem sempre. E não porque a chamamos. Nunca por isso.
É, então, quando ela bate na porta do lado, que paramos. Paramos e pensamos: "E se tivesse sido comigo?" Pensamos em tudo, TUDO, o que ainda temos para fazer, para dizer, para viver. Matutamos nisso. Mas depois, depois, esquecemos. Esquecemos o quão perto ela esteve de nós e não vivemos. Porque a maior parte das vezes nos esquecemos de fazer isso: viver.
A forma como a vemos varia. Varia conforme as coisas em que acreditamos, consoante a forma como vemos o mundo.
Contudo não pensamos muito nela - felizmente, talvez. Vivemos a nossa vida como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Pois bem, não o temos. Não temos porque ela chega sem mais nem ontem e rouba todo aquele tempo que achávamos que tínhamos. Em plena infância, quando ainda nem sabemos bem o que ela é, a morte aparece, rompe as cortinas dos sonhos e leva-nos. Com a mesma rapidez. Em plena adolescência, por entre os problemas existenciais, no meio de toda aquela vida que ainda há para viver. Depois, em adultos, quando se trabalha para o descanso que já não vem com a reforma. Por fim, se não atacar em alguma destas fases, aparece na velhice e impede aquelas mãos enrugadas de ver o neto tornar-se Doutor.
Ela vem sempre. E não porque a chamamos. Nunca por isso.
É, então, quando ela bate na porta do lado, que paramos. Paramos e pensamos: "E se tivesse sido comigo?" Pensamos em tudo, TUDO, o que ainda temos para fazer, para dizer, para viver. Matutamos nisso. Mas depois, depois, esquecemos. Esquecemos o quão perto ela esteve de nós e não vivemos. Porque a maior parte das vezes nos esquecemos de fazer isso: viver.
Desculpem o tema.
Infelizmente vivemos atarefados com tantas coisas sem importância que nos esquecemos daquilo que é realmente importante :\
ResponderEliminarNa minha opinião, penso que é um bom termos aquele pequeno feeling da imortalidade. Que, especialmente na nossa idade, temos. Não me passa na cabeça que possa acontecer isto ou aquilo, que a minha vida pode acabar.
ResponderEliminaré bom vivermos afastados da morte. Se assim não fosse, aproveitávamos ainda menos as coisas boas e más da vida.
Gostei imenso do tema, e do texto :)
Beijinho*
Dizem que só se aprecia realmente a vida quando se está às portas da morte. Apesar de parecer um pouco mórbido, a verdade é que se soubéssemos exactamente o dia em que íamos morrer, a nossa vida seria de facto muito diferente.
ResponderEliminarBom texto, continua (:
curioso, ainda hoje pensei no tema enquanto esperava a viagem de comboio terminar. muitos têm medo dela, só consigo ter curiosidade - por uma vez gostava que me provassem estar errada, que afinal a morte não é o fim de uma luta por nada, que há mais para lá dela. sou demasiado céptica para o aceitar, mas a curiosidade, essa é que nunca morre. só não concordei com uma coisa: «ela vem sempre. e não porque a chamamos. nunca por isso.», há quem a chame, há quem a faça acontecer.
ResponderEliminara única coisa que me assusta na morte é a quantidade de livros que nunca vou chegar a ler e que até ia gostar.
ResponderEliminarhaverá algo pior do que morrer com o marcador do livro na mesinha-de-cabeceira a marcar uma página lá para o meio?