sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Até amanhã.

Fechei-te n[um]a gaveta. Arrumei-te. Disse-te até amanhã e dei volta à chave.
Tu não tinhas forças para o fazer. Ou não querias.
Agradava-te o facto de eu ter a gaveta aberta para que pudesses sair quando quisesses, mesmo que eu não o quisesse. Então fechei-te.
Não soubeste merecer essa vida que te dei, essa abertura da minha gaveta. E, numa das vezes em que saíste [a última, eu sei], quase deitavas a gaveta ao chão e a fazias em cacos, tal era a tua força.
Por isso tive que te fechar.
Desculpa.
Há dias em que é melhor assim. Fechar-te. Dar a volta à chave e dizer 'até amanhã'.


7 comentários:

  1. De vez enquando a unica opção é mesmo apenas fechar á chave. Por vezes a a nossa amizade, carinho, generosidade e bondade são incompativeis com atitutes que nos atormentam a mente, o pensamento e a alma. E por muito que nos magoe e para nao magoar mais o que ja esta magoado um ate amanha fica sempre bem. Porque é generoso e deixa sempre a hipotese de um amanha mais sorridente que um presente com mais nuvens.

    Amei (:

    p.s a imagem nao é um quadro do salvador dali? Se não é parece-me que tem um semelhante. De qualquer forma gostei do encaixe entre a imagem o texto. Como se a imagem junta-se ao texto as palavras que ficaram por dizer!

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  2. agora é hora de ires por aí, abrindo outras gavetas (:

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  3. Fiquei simplesmente sem palavras. Perfeito **

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  4. amei mesmo este texto :*
    tambem adoro natiruts , mesmo !

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deixa tu também letras soltas no caminho