sábado, 13 de fevereiro de 2010

Só mais uma noite

Canta para mim mais uma vez. Sorri-me mais uma vez. Beija-me mais uma vez. Quero roubar-te outra vez. Pode ser só para amanhã, afinal não é uma noite que te faria grande diferença. Ou será que fazia? Será que essa noite abriria a porta que permanece entreaberta à tua espera? Ou será que seria apenas mais uma noite de prazer e cumplicidade mútua onde as peças que se movem por entre o luar são somente os nossos corpos e não as nossas almas?
Diz-me que sim para eu ir morar para a paixão. Diz-me que não para eu não voltar cair.
Ou não me digas nada, às vezes tudo sabe melhor quando não se têm as palavras e explicações e não se pensa, e eu não penso como és impossível de alcançar numa noite, em duas noites, em mil e uma noites. E eu não penso como o meu melhor não és tu, e eu não penso como provavelmente só estou a aumentar o precipício para a minha queda suicida. E eu não penso como o teu mal é o meu bem e como a cada noite que passa vais deixando a tua marca nos meus lençóis para eu me moldar e permanecer. E eu não penso, porque estou farta de pensar, só quero sentir.
Vamos voltar a dançar ao som da tua voz, ao som do batuque da minha janela quando faz vento, ao som da chuva do verão, ao som do nosso respirar empolgante e dos nossos (meu) coração que não me obedece quando me tocas.
A verdade é que tenho frio e estou desconfortável, é que me fazes falta nem que seja só pelo teu sabor ou pelo teu calor. A verdade é que preciso de ti nos meus olhos, no meu sorriso, nas minhas canções, inspirações, nas minhas noites que perdem a graça sem o teu humor que me seduz. Vem. Vem a voar. Só para mim.

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deixa tu também letras soltas no caminho