Isto foi a resposta da M. a um inquérito do facebook. A simplicidade destas palavras deixou-me mesmo à toa. Enfim, era só para saberes que ainda ninguém te esqueceu e que sentimos muito a tua falta. A morte é fodida.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
bom ano novo
A todos os leitores e participantes do Letras no Caminho, um bom ano de 2011, e que este seja rico em surpresas boas. Não se esqueçam de ser felizes.
Beijinhos, Jo
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
sou teu amigo sim
Diz-me a minha prima que o Toy Story 3 não é um filme para a pequenada de hoje. É sim um filme para a nossa geração, para os que já cresceram e estão agora cheios de saudades. De tudo. E vêm estes antigos brinquedos trazer-nos ainda mais nostalgia, mostrar-nos que somos todos Andys em tamanho grande e que nem sempre podemos trazer todo o passado às costas.
Ficam as memórias e as recordações.
Ficam as memórias e as recordações.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Desabafos.
"Acho que te amo" sempre me pareceu mais bonito que um "Amo-te". Há qualquer coisa nas falhas de voz, no momento em que nos rendemos, na incerteza, que me atraí terrivelmente. Mas afinal o que é o amor, senão meras inconstâncias ser?
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Cada minuto de cada momento...
Cada minuto de cada momento, soltam-se lágrimas, soltam-se por saberem que o seu tempo se esgotou e mais nenhum minuto terão para nos saciar os corações que nos palpitam dentro dos peitos nus e frios. Coloco as mãos, tentando aquece-lo, acalma-lo da falta que tem de ti. Da escassez que o faz sofrer, por ser jovem, cego pelo amor que um dia o irá trair com um grande sorriso nos lábios.
Continuas a ser o canto, onde me refugio, para receber e pensar no teu amor.
Continuas a ser o canto, onde me refugio, para receber e pensar no teu amor.
sábado, 11 de dezembro de 2010
um apelo aos (verdadeiros) escritores.
quem é um escritor sem os seus fãs? é como um barco sem vela, um piano sem teclas. não lhe soa bem a melodia, faltam os aplausos, falta ser sabido.
não se exaltem os escritores, inibam-se! não quebrem cânones, não criem nada, é mais desses que o mundo precisa! AH, não escrevam, não inovem, façam mais do mesmo e rotulem-se de famosos! são esses que não vivem sem fãs. pois o bom navegador saberá controlar o seu barco, e o bom pianista trautear-te-á melhor música.
resolvam-se! chega de amor, chega disto tudo! o mundo não precisa da felicidade, pois foi na miséria que nasceu a inovação. Ah, maldito Portugal, maldito atraso cultural! E entram nas nossas livrarias os venenos! Gente contaminada!
escondam-se, protejam-se! continuem desconhecidos, permaneçam nas sombras! pois os melhores escritores só serão reconhecidos depois de mortos.
Cá eu, eu não escrevo para ser escritora. Mas no fim, espero tê-lo conseguido ser!
resolvam-se! chega de amor, chega disto tudo! o mundo não precisa da felicidade, pois foi na miséria que nasceu a inovação. Ah, maldito Portugal, maldito atraso cultural! E entram nas nossas livrarias os venenos! Gente contaminada!
escondam-se, protejam-se! continuem desconhecidos, permaneçam nas sombras! pois os melhores escritores só serão reconhecidos depois de mortos.
Cá eu, eu não escrevo para ser escritora. Mas no fim, espero tê-lo conseguido ser!
Agora conto os dias da tua ausência, conto-os um a um como de centenas se tratassem.
47 dias, 1128 horas, 67680 minutos, 4060800 segundos de ausência, não pura, porque também se contam as poucas horas que pude estar contigo e nas quais, pude, pelo menos, ouvir-te.
E mesmo sem seres mais meu, eu sinto-me tua. E enquanto tu estás comigo, sem estares na presença que eu tanto desejo, pelo menos estás...
Um estar sem estar.
Um amar sem poder amar.
Um querer sem poder ter...
E vou continuar a contar assim os dias, porque nem todos são iguais mas todos acabam quase da mesma forma.
Não há noites felizes, desde que partiste. (adormecer com a almofada em seco já foi um grande progresso).
Vou continuar a contar(-te) na esperança que amanhã não mais conte porque tu assim o quiseste.
47 dias, 1128 horas, 67680 minutos, 4060800 segundos de ausência, não pura, porque também se contam as poucas horas que pude estar contigo e nas quais, pude, pelo menos, ouvir-te.
E mesmo sem seres mais meu, eu sinto-me tua. E enquanto tu estás comigo, sem estares na presença que eu tanto desejo, pelo menos estás...
Um estar sem estar.
Um amar sem poder amar.
Um querer sem poder ter...
E vou continuar a contar assim os dias, porque nem todos são iguais mas todos acabam quase da mesma forma.
Não há noites felizes, desde que partiste. (adormecer com a almofada em seco já foi um grande progresso).
Vou continuar a contar(-te) na esperança que amanhã não mais conte porque tu assim o quiseste.
Uns dizem que isto é normal. É da pressão. É do stress. É do cansaço. É do tempo. É da vida.
Desculpas é o que não falta. Conselhos são dados mesmo sem serem pedidos.
Passagem!
Tudo é passageiro. Até as pessoas que dão os conselhos. No instante seguinte evaporam-se.
3 meses.
Este é o tempo de vida que perdi. Pedi-o porque não sorri. Ou não tanto quanto devia. Não brinquei, não descansei, não me diverti, não fui eu. Ou então fui mais eu.
Incertezas!
Uns dizem que estou aqui para tirar um curso e a diversão não faz parte.
Enganos!
Faz parte. Tudo faz parte. Até dias como hoje.
Dias em que se chora, se desespera. Em que se quer desistir. Em que se põem em causa um sonho, uma vida de trabalho e esforço. Esforço e trabalho que vemos mandado ao ar como se fossem confetis. Dias assim.
Verdades!
A verdade é que isso aconteceu. Em que fui eu e o meu eu é frágil e também se desfaz. Também sofre e também desespera.
3 meses.
Foram 3 meses que estão a acabar assim.
Finais!
Assustam-me, por norma. Porém, este sabe a água no meio de um deserto. E anseio por ele. Anseio pelo momento em que finalmente me vou tornar pessoa sociável e rir.
Finais!
Venha esse fim. Férias precisam-se!
Desculpas é o que não falta. Conselhos são dados mesmo sem serem pedidos.
Passagem!
Tudo é passageiro. Até as pessoas que dão os conselhos. No instante seguinte evaporam-se.
3 meses.
Este é o tempo de vida que perdi. Pedi-o porque não sorri. Ou não tanto quanto devia. Não brinquei, não descansei, não me diverti, não fui eu. Ou então fui mais eu.
Incertezas!
Uns dizem que estou aqui para tirar um curso e a diversão não faz parte.
Enganos!
Faz parte. Tudo faz parte. Até dias como hoje.
Dias em que se chora, se desespera. Em que se quer desistir. Em que se põem em causa um sonho, uma vida de trabalho e esforço. Esforço e trabalho que vemos mandado ao ar como se fossem confetis. Dias assim.
Verdades!
A verdade é que isso aconteceu. Em que fui eu e o meu eu é frágil e também se desfaz. Também sofre e também desespera.
3 meses.
Foram 3 meses que estão a acabar assim.
Finais!
Assustam-me, por norma. Porém, este sabe a água no meio de um deserto. E anseio por ele. Anseio pelo momento em que finalmente me vou tornar pessoa sociável e rir.
Finais!
Venha esse fim. Férias precisam-se!
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
(#barulho de fundo#)
Cabelo desgrenhado, meio oleoso, cai-lhe pela testa.
Ele sussurra-lhe ao ouvido, malicioso diabo sem nome, de dois cifres pontiagudos na testa.
Ignora-o e aos seus sarcasmos enxofrados e comentários jocosos sobre quem passa.
Ignora-o, pode ser que ele se canse e ele se esqueça e, entretanto, ele desapareça.
Está quase a chegar o autocarro, depois é só uma picada e está tudo acabado... Mais silêncio durante um mês. é só tomar certinhos aqueles dois comprimidos ou três...
[# Merda de altura para ter falhado a toma da medicação oral... Não há-de ser nada... Ele está bem lá no fundinho, é um burburinho rasteiro... # - suspira, num pensamento impaciente pelo autocarro.]
Chega um autocarro e entra nele uma menina de oleoso cabelo desgrenhado, que lhe cobre as noviças feições.
O diabo enxutou-o, deixou-o no chão. Que alguém o atropele, que morra o filho da puta, o cabrão.
Borrega
(a estagiar em Psiquiatria,
acho que explica o rascunho...)
Créditos:
Filme: "Girl, interrupted", with Angelina Joilie
Imagem: Angelina Jolie
(a estagiar em Psiquiatria,
acho que explica o rascunho...)
Créditos:
Filme: "Girl, interrupted", with Angelina Joilie
Imagem: Angelina Jolie
Como é possível gostar tanto de alguém?!
- Bem-vinda a casa. Sabia-o, mas sorriu na mesma. Lembrou-se de todos os seus sonhos, de todos os seus erros que fez, da infância que vivera. Lembrara-se de todas as palavras que não conseguiram fugir do seu coração. - Fica comigo, já é tempo. - Pensou ela, afogando-se em lágrimas, à medida que caminhava a passos calmos na direcção dele. Soltou um suspiro, virando o olhar ao chão, quando este lhe pôs os braços, à volta do corpo, e ela fez o mesmo, colocando os braços à volta do pescoço dele. Desmanchou-se em lágrimas, soltando a uma enorme almofada de soluços no seu ombro. - O que foi? - Pergunta ele sorrindo. - Foi que tu só és capaz de me dar a calma que eu preciso. E és o único que me dá a alegria de pensar que sou tonta. E o de, ser a rapariga a quem tu mais dás atenção. - Que tonta, coração nada me faz querer viver para sempre, se não sentir-te nos meus braços, ver o teu sorriso nos lábios e a força de ser alguém nesses teus olhos acastanhados.
O meu coração arde.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Não preciso do relógio.
Sinceramente, não preciso do relógio que trago no pulso esquerdo. Não necessito dele quando passo as tardes contigo. O que menos quero, é olhar para ele, saber-lhes as horas, decorar-lhes os números e ficar com eles na cabeça durante o resto do dia. Desanimo, ao saber que as horas contigo estão perto do final, e, teremos de nos separar de novo os nossos corpos. Acaricia-me os lábios, meu doce coração. Minha paixão de corpo feminino. Acalma esta estranha sensação que me cresce no estômago, cada vez que o relógio da parede, dá as horas no meu quarto. Cala para sempre o tic-tic, do relógio que o meu pulso ostenta com orgulho. Embrulha-me em milhares de beijos e caricias. Começa neste momento, uma guerra entre nós dois. Uma guerra de amores e caprichos. De vontades e loucuras.
Sinto o teu cheiro em cada flor. O teu brilho em cada uma das estrelas.
Cada vez que soltas uma lágrima, soltas também, bocados dos mimos.
domingo, 5 de dezembro de 2010
mas que grande génio!
“Ler muito é um dos caminhos para a originalidade; uma pessoa é tão ou mais original e peculiar quanto mais conhecer o que disseram os outros.” Miguel de Unamuno
Ainda
Sou como limão. Unicolor, consistente. Com certos feixes de luz e reflexos espelhados. Sabor forte e digestão lenta. Acidez e amargura apenas sentidas num primeiro contacto.
sábado, 4 de dezembro de 2010
Sorris para mim!
Os meus olhos, fecham assim que te aproximas de mim. Delicadamente, juntas os lábios, coras e hesitas ao beijar-me. Como se, tivesses medo de me magoar com os teus mimos. Pões a descoberto a testa, que ainda há pouco estava coberta pelo gorro. Senti-me pequenino.
Olhei, assentando os olhos nas tuas bochechas coradas. E, surpreendo-te com um beijo, bem rechonchudo numa delas, digo ao mesmo tempo o quanto me fazes feliz. - Sorris para mim!
- Fazes as palavras sentirem-se mágicas. Como se lhes desses vida.
- Fazes as palavras sentirem-se mágicas. Como se lhes desses vida.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Alimentando.
Gostava de ser um dia, meu amor
Assim, forçosamente de ti faria parte
Deixaria com fome a minha dor
E contigo estaria, em qualquer parte.
Esta dor que todos os dias me consome
em busca da tua presença
Que na ausência, me some.
Uma réstia de nada, a minha sentença...
Gostava de ser a noite, meu amor
e poder dominar, em ti, os sonhos
Para que ao acordar desejasses (sempre)
Sentir, novamente, o meu calor
Assim, forçosamente de ti faria parte
Deixaria com fome a minha dor
E contigo estaria, em qualquer parte.
Esta dor que todos os dias me consome
em busca da tua presença
Que na ausência, me some.
Uma réstia de nada, a minha sentença...
Gostava de ser a noite, meu amor
e poder dominar, em ti, os sonhos
Para que ao acordar desejasses (sempre)
Sentir, novamente, o meu calor
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Para lhe encher de mimo o coração...
cold by ~ellepa
Os correios estão fechados. Fechados, fechadinhos. Já nada posso fazer, se não estar sentadinho, com a carta na mão a barafustar aos sete ventos, e aos dois ou três mares que já foram nossos, para que o senhor carteiro, me venha abrir a porta para lhe poder dar a carta, para que percorra uma dúzia de quilómetros para chegar a casa da namorada. que morre de saudades da minha letra, dos meus amores e beijinhos no final da carta. É só por isso que lhe escrevo. Tudo por causa do final da carta. A despedida, para lhe encher de mimo o coração, dando-lhe como um abraço centenas de beijinhos literários para se encher de emoção, a fim de me responder de volta com os seus milhares de sorrisos que empestam a carta.
Por mais voltas que dê na cama, pensando na saudade que caminha milhares de quilómetros nos dois sentidos, desconforto-me por ansiar demasiado por um beijo teu, nestes lábios que sentem sede de ti.
domingo, 28 de novembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Vê-me dormir.
Vê-me dormir. Deixa-me estar a ressonar toda a manhã. E, meu amor? Faz-me uma surpresa. Não, não é essa do fugir de casa, deixando um bilhete espetado na porta do frigorífico. É daquelas surpresas que tu gostas que eu te faça. Como no Sábado de manhã, que te acordo com um beijinho na testa e outro na bochecha descoberta.
A saudade é curta, mas, cria uma mancha tão grande.
Por acabar...
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Tu&Eu
"-O mais importante é que eu estou aqui, não é?" disse ele, enquanto ela se deixava lavar em lágrimas, sem controle, porque os seus lábios estiveram a milímetros de se tocarem, mas sem sucesso.
"-É" e abraça-o, como se aquela fosse a última vez que tivesse oportunidade de o fazer. Mas não era, e ela sabia disso, mas os abraços nunca mais foram os mesmos...
Ele olhou-a, e entre um beijo suave pediu-lhe que limpasse os olhos.
Ela assim o fez. respirou fundo e disse-lhe:
"-Já passou."
Mascarava a dor, o desejo e a vontade, mascarava tudo, pelo menos, à frente dele, visto que quando a noite chegava e as mantas aquecidas pelo seu coração gélido eram a sua única companhia, ela expressava-se.
Chorava, gritava e pedia para voltar. E assim se passaram dias, semanas...
Ele (ainda) não voltou. Ela já não chora (todos os dias). Ela tem saudades dele, ele, ela não sabe. Ela ama-o, ele diz adorá-la.
Talvez ela tente, talvez ele queira, talvez eles voltem a estar juntos.
E são os talvez que a mantêm naquela esperança eterna que ainda guarda, a esperança de que tudo volte, que os lábios se toquem novamente e que as mãos se entrelacem sempre que houver espaços vazios entre uma delas.
Mas são essas mesmas esperas que não a deixam viver, porque quando acorda e quer que tudo corra bem, o consciente encarrega-se de lhe recordar que não está.
"-É" e abraça-o, como se aquela fosse a última vez que tivesse oportunidade de o fazer. Mas não era, e ela sabia disso, mas os abraços nunca mais foram os mesmos...
Ele olhou-a, e entre um beijo suave pediu-lhe que limpasse os olhos.
Ela assim o fez. respirou fundo e disse-lhe:
"-Já passou."
Mascarava a dor, o desejo e a vontade, mascarava tudo, pelo menos, à frente dele, visto que quando a noite chegava e as mantas aquecidas pelo seu coração gélido eram a sua única companhia, ela expressava-se.
Chorava, gritava e pedia para voltar. E assim se passaram dias, semanas...
Ele (ainda) não voltou. Ela já não chora (todos os dias). Ela tem saudades dele, ele, ela não sabe. Ela ama-o, ele diz adorá-la.
Talvez ela tente, talvez ele queira, talvez eles voltem a estar juntos.
E são os talvez que a mantêm naquela esperança eterna que ainda guarda, a esperança de que tudo volte, que os lábios se toquem novamente e que as mãos se entrelacem sempre que houver espaços vazios entre uma delas.
Mas são essas mesmas esperas que não a deixam viver, porque quando acorda e quer que tudo corra bem, o consciente encarrega-se de lhe recordar que não está.
Ela, espero que saibas que sou eu.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
És-me como um aquecedor a gás: transmites-me um calor falso. O teu gás não acaba, nem eu preciso de mudar a botija do teu calor. Esse quente secou-me as lágrimas, mas não me calou mais os protestos. Deitei-me enrolada como um gato, aconchegada no teu calor, mas queimaste-me. Esfriei a ferida com água gelada, e nunca mais adormeci.
Agora fico à tua frente, com o meu sangue a delinear a distância que deve haver entre nós, e nunca mais adormeci.
Agora fico à tua frente, com o meu sangue a delinear a distância que deve haver entre nós, e nunca mais adormeci.
Não te peço que me conheças, peço-te só um pouco de compreensão.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
Segredos de veludo.
Caminhavas pela sala, de cabelo desalinhado e copo na mão. Sem reparares que te observava. Sem reparares nas minhas tentativas de aproximação dissimulada ou como admirava os teus olhos brilhantes e o jeito do teu sorriso. Caminhavas com a tua ingenuidade de criança forçada a crescer, sem nunca reparares que me és tudo.
sábado, 20 de novembro de 2010
Vida!
Vida de mar, rebentar e continuar.
Tenho um coração de porcelana,
Preso nas rebentações do mar...
Tenho um nó na garganta
E uma vontade louca de gritar.
Então grita para que o mundo te ouça,
Não tenhas medo de gritar...
Porque embora com coração de louça,
Tu tens o direito de lutar
Eu grito... mas quem me ouve?
Desfiz a minha alma e toda a gente soube.
Eu grito... mas quem me ampara?
Toda a gente olha, mas ninguém, da dor, me dá a mortalha.
Ouve quem te for fiel, amigo e companheiro
E essa pessoa será, para ti, o mundo inteiro
Mas não desistas de gritar...
E mesmo que a louça se quebre,
E em pedaços de dor se converta,
Lembra-te que nunca o mar se perde,
Nem quando uma onda rebenta
A onda rebenta e traz-me o futuro.
A onda rebenta e traz-me o passado.
E neste presente, tenho do nada, o tudo.
No hoje, perdi o sorriso e ganhei um olhar cansado.
Senta-te frente ao mar, e vê como ele vive
Com avanços e recuos, mas sempre sobrevive...
Sente a brisa que paira no ar
E quando alguém, um dia te perguntar
Responde que queres levar, uma vida igual ao mar!
Com a brisa, construir os sonhos
Com avanços e recuos, enfrentar lugares medonhos.
Com a força, lutar pela felicidade num mundo de loucos
E com o seu rebentar... seres tu, feliz aos poucos.
Sou coração de porcelana. Sou pedaços de pó.
Sou rebentação de mar. Mas sou eu e eu sou uma só.
Sou de estações do ano e, por vezes de sorriso no olhar.
Sou de alma desfeita, mas nunca deixo de lutar.
Desistir não é o meu verbo, o meu verbo é perdoar.
Sou olhar risonho, feito da espuma do mar.
[14\11\2010]
Poeta & Poetisa
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Agora que revejo.
Liebe ist mein Fuhrer by *yumenonikki
És tudo o que vejo. Não só, é verdade, mas das poucas que mais ouso tocar. Toca-me, nos lábios, com esses teus dedos gelados. Solta o meu corpo, deste transe, desta; Timidez que se esconde atrás do coração, com o medo de dizer que te quer para sempre. Olho-te nos olhos, tenho dificuldade em ver o teu ser. És tão perfeita por fora, essa tua voz, tão meiga e acolhedora, faz-me suspirar, faz-me sentir um bebé, um rapaz mau, ou simplesmente querer saltar para cima das tuas bochechas e beijá-as com um longo beijo. Digo que te adoro, admiro os movimentos que fazes às mãos. Oh, como a tua voz me encanta. Causas arrepios. Eu sei que me queres, vejo isso nos teus olhos. Olhos de um castanho escuro. Têm a cor do teu lindíssimo cabelo. Tão bem tratado, tão limpo e brilhante. Oh, apaixonei-me por ti, pelas tuas mãos, pela tua voz, pela tua presença tão simpática e querida. Prendeste o que tenho de mais estranho em mim, e abraçaste-o com alguma incerteza. Podes dar-lhe mimos, não morde, nem eu mordo.
Agora que revejo tudo. A pessoa que sempre imaginei, sempre foste... Tu!
terça-feira, 16 de novembro de 2010
com tudo o que tenho...
... amo-te
Se um dia abrires os olhos e perceberes que te menti, por necessidade, perdoa-me. Por favor. Porque pior do que te ter perdido como amor, é perder-te como pessoa.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
domingo, 14 de novembro de 2010
Encaixotar
Como se encaixotam bolachas também se podem “encaixotar sentimentos”? Fechá-los numas saquetas e colocá-los numa caixa, como sentimentos extraviados. Selá-la com a força da dor e colocar numa prateleira inacessível. Tão longe como está(ra) esse sentimento e tão alta quanto foi(é) essa dor.
Podemos? Podemos? Eu queria tanto…!
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Note to self
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
ferida
Sabes, todos os dias penso na dor da tua perda... Eu sei que continuas comigo, mas não é da maneira que desejei. Não é da maneira que sonhei e muito menos da maneira que o meu coração pede.
E cheguei à conclusão que quanto mais penso, mais me dói... Quanto mais me dói, mais gosto de ti. Isto faz sentido?
Cada vez tenho mais certeza de que esta dor e aquele pesadelo me atormentarão eternamente.
E a tua imagem, por mais que negue, ficará para sempre manchada nas minhas memórias.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Queria saber o seu nome
81 -flames are from hearts by *SlevinAaron
Numa outra cidade, que visitei num fim de semana, encontrei, diante de mim, uma bela menina. Faces rosadas, de nariz avermelhado, fungando umas poucas vezes. As suas mãos brancas abraçavam o corpo, que tremia debaixo da chuva, debaixo das nuvens cinzentas que empestavam o dia. Olhava para o chão. Olhava-o de lado, com a bochecha direita metida para dentro, parecendo que estava a sorrir de algo.
Observei o seu ar, solitário, carregado de frio e esforço. Abeirei-me da sua presença, um tanto tímida, deva-se dizer. Peguei-lhe numa das suas mãos, abracei-me a ela, e esta ficou a olhar para mim, espantada e confusa. Afastou-me, sentindo de repente uma enorme rajada de vento que consigo trazia gotas da chuva, bastante geladas. Fechou os olhos com força, fechou os lábios da mesma maneira, e juntou de novo os braços. Voltei-me novamente para perto dela, e aí, sentindo que o vento passa-lhe ao lado, abriu os olhos, deixou de fazer força nos lábios, e fitou-me sem demoras. Olhava-me com alguma ansiedade, estando ao mesmo tempo, com uma mão no meu peito, evitando que me chegasse para mais perto, aconchegando-a. Não me deixou. Não me importei, mas, mantive-me ali, ao seu lado, defendendo-a da chuva que a queria atacar de forma exaustiva. O autocarro chegara, e partira com ele.
Sentada no banco o mais chegada à janela, olhava-me uma ultima vez. Fê-lo de uma forma tão suave e elegante. Queria saber o seu nome, ou então, inventaria um nome para aquela cara redonda e querida. A sua tristeza, fugiu, quando me sorriu no ultimo momento que a deixara de ver.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Ponto Final.
[06. Novembro. 2010]
Hoje soube que a meia página de história chegou ao fim. Peguei na nossa história e escrevi um ponto [f]'i'[a]'n'[t][al]. E isso foi o único que acrescent[d]ei.
Desta vez não importa que tenhas sido tu a ficar com a borracha e que tudo o resto tenha sido escrito a lápis. É que no meu estojo encontrei uma caneta e usei-a para escre[ver] o ponto final. E desta vez não há corrector que nos valha.
É que, sabes... no primeiro instante que olhei para ti, apercebi-me que já nada me doía. Tu já não me doías.
É irónico isto das histórias que escrevo... no exacto momento em que percebi que não dava, que embora não te tenha deixado part[ir], já não aceito um retorno... tu quiseste prolongar a história.
Lamento.
Desta vez a história é só minha e eu não partilho os direitos de autor.
Segue o teu caminho. Eu já segui o meu!...
Agora? Agora já é tarde.
É que, às vezes, gostar só não chega.
sábado, 6 de novembro de 2010
Last night
Não quis muito nem parte, quis todo esse sentimento. Confesso, que entreguei-me de corpo e alma sem qualquer espécie de temor. E tu lentamente penetraste o meu corpo e foste entranhando-te como uma facilidade que até arrepia. Graças a ti, consegui trocar de uma vez por todas esse sabor amargo pela doçura que se derrama agora pelo meu peito. Não quero mais nada, tenho tudo o que preciso e quanto a ti vou preservar-te da melhor forma que sei.
sweet afternoon,
E do nada, rompendo um silêncio repleto de ternura:
- Não me responsabilizo.
- Não te responsabilizas pelo quê?
- Pelo possível crescimento de sentimentos.
- Não me responsabilizo.
- Não te responsabilizas pelo quê?
- Pelo possível crescimento de sentimentos.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Acho que nos últimos dias me apercebi cada vez melhor que nunca consegui chegar ao auge de um sentimento como o que reside por ti, tanto que, desde que o queiras como eu, eu vou estar aqui, a pertencer-te, sem ser tua, até tudo ficar bem para depois, tal como dizes, poder contar aos nossos netos que na vida existem muitas lutas, mas que quando há bons guerreiros podem perder-se lutas mas nunca as batalhas.
amo.te
o que é a amizade? o amor? o ódio?
que linha ténue distingue o que sentimos do que queremos mas não nos é necessário?
que forma horrenda é esta de nos prendermos ao passado, àquilo que não nos significa nada, não nos completa nem nos ajuda; apenas nos causa saudades desnecessárias e incompreensíveis?
atormenta-me o futuro e incomoda-me o presente mas, enquanto estiveres no passado, acorrentam-se-me os pés num caminho já por ti esborratado.
que linha ténue distingue o que sentimos do que queremos mas não nos é necessário?
que forma horrenda é esta de nos prendermos ao passado, àquilo que não nos significa nada, não nos completa nem nos ajuda; apenas nos causa saudades desnecessárias e incompreensíveis?
atormenta-me o futuro e incomoda-me o presente mas, enquanto estiveres no passado, acorrentam-se-me os pés num caminho já por ti esborratado.
Eu não sou escritor.
Tenho a paixão. A ânsia de te rever de novo em frente aos meus olhos. Deslumbrante como sempre. O sonho, de me tornar imortal, sem o viver para sempre. Tarefa excitante e demorada. Não posso abrir as asas e voar para o topo onde estão todos os outros. Adorar ter cada letra, em cada célula no meu corpo. Ter cada lágrima no canto do olho, cada palavra na parte de trás de um livro. Ter sucesso e não ser famoso. Oh, mas nada sou. Nada devo ter que me ponha num pulo onde a paixão das letras nos leva. Não mereço porque, não escrevo nada de mais, nada que me torne único e especial.
Eu, não sou, um escritor. Sou apenas uma pessoa, sem coração, que o enche de palavras, faz com que ganhe forma e personalidade, sem realmente ele existir. São faíscas que o ligam. O amor, é só mais uma forma de o por a trabalhar. Deixo-o a viver nos prados do fundo da casa. Faço-o ser assim. Existe, mas desabita este mundo real. Como invento sentimentos, são apenas esses que ele sente.
Eu não sou apenas um escritor...
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Sentada numa fria e desconfortável cadeira de metal , esperava por Sara.
Pedira um sumo de laranja que lhe punham agora sobre a mesa. O seu olhar não se desviou um milimetro sequer.
Tinha uns oculos grandes que a permitiam olhar o sol sem medos. Aquele quente sol de inverno sabia lindamente. Por isso, deixou-o acariciar-lhe o rosto, ganhando um tom luminoso.
Com a perna esquerda sobre a direita e com o copo alto e frio entre as mãos, a sua mente divagava a uma velocidade alucinante.
Levou o copo aos lábios e bebericou. Momentos como aquele despertavam-lhe os sentidos. Saboreava mais, ouvia mais e via mais. Chegava mesmo a sentir mais. Internamente, é claro. Abstraia-se do mundo. Esquecia-se que a Terra girava 24 sob 24 horas. E então deixava a mente voar. E como ela voava!
Recostou-se na cadeira e aqueceu as mãos nas calças de ganga escura.
Sentiu no ar um cheiro familiar. Sorriu e deixou-se embalar pelas memórias. Sentira aquele mesmo cheiro numa terça-feira, quando os seus...
-Desculpa, desculpa, desculpa! - pousou os sacos na cadeira e sorriu - Nem sabes o que me aconteceu!
Vera sorriu, Sara chegara. As recordações teriam de ficar para depois.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
As pessoas passam a correr na nossa vida, um ano depois, muita coisa pode ter mudado, mas os olhares vão recordar sempre todas as passagens. A recordação é lenta. A tristeza é feroz. A saudade teima em não passar.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
É o teu carinho...
333. :Sunlight: by *bittersweetvenom
É o teu carinho que te torna tão especial, Inês. O teu deslumbrante sorriso. Os teus olhos cor de mel que me faz água na boca. A tua beleza perfeita que me deixa cego. Todo o tempo, que tenho para estar contigo, é a ver-te sorriso. A olhar para ti e chorar com um orgulho no meu órgão de uma viva cor avermelhada.
Estou a perder o jeito meu amor. A perder o jeito de te amar de várias formas. De te escrever estas cartas com o amor que tenho no peito. Estou a tentar. Mas nada sai como deveria. :s
É o teu carinho que te torna tão especial, Inês. O teu deslumbrante sorriso. Os teus olhos cor de mel que me faz água na boca. A tua beleza perfeita que me deixa cego. Todo o tempo, que tenho para estar contigo, é a ver-te sorriso. A olhar para ti e chorar com um orgulho no meu órgão de uma viva cor avermelhada.
Estou a perder o jeito meu amor. A perder o jeito de te amar de várias formas. De te escrever estas cartas com o amor que tenho no peito. Estou a tentar. Mas nada sai como deveria. :s
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
still emotion
Sabes viver contido nesse teu mundo obscuro e negas todas as obscenidades que te perfuram o pensamento. Viver abatido, acanhado e pouco intrometido é deitar fora todas as oportunidades que a vida te dá. Ela generosa, tu pouco consciente dos teus actos antipáticos. Viver a vida não consiste no desprezo contido em cada acto. É usufruir e gozar de tudo aquilo que te faz viver bem.
domingo, 31 de outubro de 2010
Das nuvens.
- É triste ter-se sonhos desse tipo.
- Não, triste é não os possuir. É acreditar que tudo já foi feito e que os sonhos são desilusões numa fase prematura. É limitar-se a existir, sem nunca chegar a ser realmente.
- És irrealista.
- Sonhadora, talvez. Mas não saberia viver de outro jeito.
- Não, triste é não os possuir. É acreditar que tudo já foi feito e que os sonhos são desilusões numa fase prematura. É limitar-se a existir, sem nunca chegar a ser realmente.
- És irrealista.
- Sonhadora, talvez. Mas não saberia viver de outro jeito.
Perdi-me
Perdi-me, dentro de ti. Suspirei, sorrindo mesmo à tua frente, aproveitando o sol, que vinha de trás de ti. Cada lágrima no teu rosto, deixava-me desconfortável. Descrevo o coração. Torno-o numa estátua, cada vez que estás longe de mim. Cada vez que choras e não estou por perto. Porque te vais embora? Porque tens de ir? Fica comigo. Todos os dias, depois do sol ir dormir. Fica por aqui, a fazer companhia. É este amor, agarrado às paredes do coração. Este amor que tenho por duas pessoas, tu e eu, que me fazem soltar os gritos que não ouves, quando te tapo os ouvidos e te mando fechar os olhos.
Já te convenceste que de eu não existo, por onde tanto queres ir?
Está estúpido e mal escrevenhido eu sei. :D
Já te convenceste que de eu não existo, por onde tanto queres ir?
Está estúpido e mal escrevenhido eu sei. :D
V[ida] Perdida
Por onde ando?
Por onde ando eu a caminhar?
Sinto-me perdida, exausta.
Eu não sei guardar as coisas importantes...
Estou sempre a perder-me!
Perderei também os outros?
Começo a sentir que sim...
Um mundo enorme...
Sozinha?
Penso muitas vezes como seria a minha vida se não tivesse dado tantas voltas...
Seria feliz, ali, onde a água do mar é quente e sabe bem? Onde as crianças podem ser crianças e os adultos simplesmente adultos? Onde nestes dias já se viam as casas decoradas... E os meninos andavam já ansiosos...
Teria sido feliz?
Quero acreditar que sim...
É que, sabes?
Não o sou.
Não hoje. Não agora, Não há muito tempo.
Procuro dentro e fora de mim...
Sinto-me inútil.
Não encontro nada de novo.
O meu coração de retalhos está vazio...
As folhas espalhadas pelo chão... Outono!
Os meus sonhos também são outono...
Espalhados. Caídos.
Eu já não sei onde. Não os encontro.
Hoje eu não tenho coração. Deixei-o em casa.
Guardado. Na gaveta. Dentro do armário.
Esquecido?
Talvez. Talvez esqueça demasiadas coisas...
Eu não encontro caminhos. Já não sei caminhar...
Apenas encontro curvas, cruzamentos e becos sem saída.
Perdida.
Por onde ando eu a caminhar?
Sinto-me perdida, exausta.
Eu não sei guardar as coisas importantes...
Estou sempre a perder-me!
Perderei também os outros?
Começo a sentir que sim...
Um mundo enorme...
Sozinha?
Penso muitas vezes como seria a minha vida se não tivesse dado tantas voltas...
Seria feliz, ali, onde a água do mar é quente e sabe bem? Onde as crianças podem ser crianças e os adultos simplesmente adultos? Onde nestes dias já se viam as casas decoradas... E os meninos andavam já ansiosos...
Teria sido feliz?
Quero acreditar que sim...
É que, sabes?
Não o sou.
Não hoje. Não agora, Não há muito tempo.
Procuro dentro e fora de mim...
Sinto-me inútil.
Não encontro nada de novo.
O meu coração de retalhos está vazio...
As folhas espalhadas pelo chão... Outono!
Os meus sonhos também são outono...
Espalhados. Caídos.
Eu já não sei onde. Não os encontro.
Hoje eu não tenho coração. Deixei-o em casa.
Guardado. Na gaveta. Dentro do armário.
Esquecido?
Talvez. Talvez esqueça demasiadas coisas...
Eu não encontro caminhos. Já não sei caminhar...
Apenas encontro curvas, cruzamentos e becos sem saída.
Perdida.
Serei eu, ainda, a criança que tem o sorriso no olhar?
sábado, 30 de outubro de 2010
Duas mentalidades idênticas, dois futuros cruzados, duas luas à espera de brilhar.
São poucos os que entendem um olhar que pede um abraço, e ainda menos aqueles que retribuem com tudo o que têm para dar.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
querer e não poder ter
É duro de mais para mim continuar com a sensação de que fui trocada. É duro de mais para mim saber que não tive qualidades suficientes para a conseguir afastar do teu coração. É duro de mais para mim sentir que não fui suficientemente boa para fazer com que nunca mais sentisses saudades dela. É duro de mais para mim saber que por mais palavras que te dissesse, as dela seriam sempre as mais importantes e aquelas que tu tomarias por mais verdadeiras.
É duro de mais para mim saber que todas as outras te conquistaram e te tiveram só para elas e eu não consegui isso... Não consegui fazer com que te soubesses seguro daquilo que sentias por mim; não consegui fazer com que só tivesses olhos para mim (...)
É duro de mais para mim saber que todas as outras te conquistaram e te tiveram só para elas e eu não consegui isso... Não consegui fazer com que te soubesses seguro daquilo que sentias por mim; não consegui fazer com que só tivesses olhos para mim (...)
Mas o que mais me custa agora é saber que te continuo a amar e ter de negar isso perante ti; o que mais me custa agora é ter consciência de que te desejo como nunca e saber que não posso fazer nada porque não estás livre para conquistas...
Não sei descrever a revolta que sinto dentro de mim... E muito menos sei explicar o porquê de te amar tanto assim (...) Talvez um dia, quando isto fizer parte do passado, eu consiga explicar... Talvez eu seja como Fernando Pessoa que só conseguia descrever as suas emoções depois de as ter. Portanto, resta-me continuar a viver na dor de um amor escondido e protegido pela necessidade da tua amizade e esperar que ele se desvaneça para o explicar... Isto é, se algum dia ele se desvanecer...
Não sei descrever a revolta que sinto dentro de mim... E muito menos sei explicar o porquê de te amar tanto assim (...) Talvez um dia, quando isto fizer parte do passado, eu consiga explicar... Talvez eu seja como Fernando Pessoa que só conseguia descrever as suas emoções depois de as ter. Portanto, resta-me continuar a viver na dor de um amor escondido e protegido pela necessidade da tua amizade e esperar que ele se desvaneça para o explicar... Isto é, se algum dia ele se desvanecer...
Amêndoa
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
És a minha castanha favorita.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Tu fazes o sol que eu conheço.
És tão querido. Disse ela, piscando o olho. Pegou na ponta da minha camisola, e aproximou-se mais de mim. Sorriu timidamente. Chegou os seus olhos verdes para mais perto dos meus. Fechou-os. Sabia que me iria beijar. Fechei os meus, e, senti o seu respirar a encostar-se aos meus lábios. Os lábios tocaram-se.
"Tu fazes o sol que eu conheço."
domingo, 24 de outubro de 2010
Já não o fazes.
Quando vês que estás em risco iminente de me perder, reages. Rapida e agilmente, como sempre fazes. Com subtileza não tão subtil assim. De maneira precisa, eficaz. Voltas e obrigas-me a ficar também, presa à nossa forma distorcida de amor.
sábado, 23 de outubro de 2010
"A human being that was given to fly"
"The sorrow grows bigger when the sorrow's denied
I only know my mind
I am mine"
I only know my mind
I am mine"
-Que se passa? Está tudo bem?
- Só preciso que me deixes.
- Não tens de ser sempre tão fria e distante.
- Mas eu não me posso deixar cair.
- Podes sim.
-Não, não posso. Acredita que não.
[E, olhando a porta da cubicular casa de banho, ouviu os passos dela a partir.
Desculpa, mas não posso mesmo... Queria tanto...]
Borrega
P.S. - "This is a dedicatory song": Ana Isabel
Créditos:
Música: Pearl Jam - "Given To Fly" e "I Am Mine"
Imagem: daqui
Música: Pearl Jam - "Given To Fly" e "I Am Mine"
Imagem: daqui
Estações
Ao pedirem para escrever ou desenhar algo sobre nós, que nos identifique, é sempre complicado... porque é como se isso nos fizesse escrever parte da nossa alma e mostra-la ao mundo. É que, para falar de nós, nenhuma palavra chega. Falar de nós é como falar das estações do ano.
É que, nas nossas estações, há sempre alturas em que as nossas folham caem...escurecem. Perdemos todas as nossas folhas e os nossos ramos ficam secos, quebradiços. Demasiado frágeis e vulneráveis à mãos alheias. Enquanto isso, tornamo-nos pessoas diferentes... estranhas... frias, talvez. Gelamos por dentro. Sucumbimos em ventos e chuva que ninguém parece notar. Tornamo-nos tempestades de nós mesmos. Chegamos ao mais fundo... descarrilamos. Mudamos a direcção do comboio e desviamos a próxima paragem. Então renascemos.
Renascemos porque entendemos que precisamos renascer, refazer-nos por dentro... deixar que a nossa vida volte a florir. Então, diferentes do que fomos, antevendo o que seremos... voltamos a encarar a vida de olhos abertos e força renovada. Voltamos a sorrir. [Re]Descobrimos que em nós também há música... também há a melodia afinada dos passáros, pousados nas árvores. Alegres com o renascer da vida.
Sentimo-nos quentes por dentro. Alegres. De olhos brilhantes e sorrisos rasgados. Despidos de quem fomos, vestimo-nos de roupas leves.
Essa é a primavera da nossa vida... o nosso verão. De cada vez que nos permitimos voltar a florir e deixar os nossos olhos brilhar... de cada vez que nos (re)erguemos... de cada vez que não deixamos que o outono dos dispa e o inverno nos gele. Essa é a primavera da nossa vida... a verdadeira primavera!
Então, enfim, chegamos a estação pretendida. O comboio para. Saímos. À nossa espera, encontramos as nossas andorinhas... aquelas que saberíamos que estariam lá. Que estão sempre lá... em todas as nossas quatro estações... Andorinhas p'ra vida inteira...
Créditos: a uma das andorinhas mais especiais. Que entre fotos e palavras, trouxe-me um grande sorriso um brilhozinho de felicidade. Num abraço apertado, num dia feliz... Obrigada.
É que, nas nossas estações, há sempre alturas em que as nossas folham caem...escurecem. Perdemos todas as nossas folhas e os nossos ramos ficam secos, quebradiços. Demasiado frágeis e vulneráveis à mãos alheias. Enquanto isso, tornamo-nos pessoas diferentes... estranhas... frias, talvez. Gelamos por dentro. Sucumbimos em ventos e chuva que ninguém parece notar. Tornamo-nos tempestades de nós mesmos. Chegamos ao mais fundo... descarrilamos. Mudamos a direcção do comboio e desviamos a próxima paragem. Então renascemos.
Renascemos porque entendemos que precisamos renascer, refazer-nos por dentro... deixar que a nossa vida volte a florir. Então, diferentes do que fomos, antevendo o que seremos... voltamos a encarar a vida de olhos abertos e força renovada. Voltamos a sorrir. [Re]Descobrimos que em nós também há música... também há a melodia afinada dos passáros, pousados nas árvores. Alegres com o renascer da vida.
Sentimo-nos quentes por dentro. Alegres. De olhos brilhantes e sorrisos rasgados. Despidos de quem fomos, vestimo-nos de roupas leves.
Essa é a primavera da nossa vida... o nosso verão. De cada vez que nos permitimos voltar a florir e deixar os nossos olhos brilhar... de cada vez que nos (re)erguemos... de cada vez que não deixamos que o outono dos dispa e o inverno nos gele. Essa é a primavera da nossa vida... a verdadeira primavera!
Então, enfim, chegamos a estação pretendida. O comboio para. Saímos. À nossa espera, encontramos as nossas andorinhas... aquelas que saberíamos que estariam lá. Que estão sempre lá... em todas as nossas quatro estações... Andorinhas p'ra vida inteira...
Créditos: a uma das andorinhas mais especiais. Que entre fotos e palavras, trouxe-me um grande sorriso um brilhozinho de felicidade. Num abraço apertado, num dia feliz... Obrigada.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
abraço
todas as noites te sentas, encolhida no sofá, à espera de um abraço.
todas as noites sozinha, falas com a lua e as estrelas.
todas as noites te oiço, qual pássaro chilreando, à procura de um ombro amigo.
mas esta noite, meu amor, vou-me juntar a ti. vou-me encolher no sofá e recostar teu corpo ao meu com um abraço apertado.
depois vamos falar os dois, com a lua e as estrelas,
e o nosso chilrear, será uma melodia cega.
esta noite, meu amor, vou dar-te um abraço, com sabor a lua cheia.
(deixo aqui a "Canção dos Abraços" por Sérgio Godinho e "Amigos do Gaspar", que foi a música que cantámos na primeira sessão de catequese do primeiro ano este ano.)
todas as noites sozinha, falas com a lua e as estrelas.
todas as noites te oiço, qual pássaro chilreando, à procura de um ombro amigo.
mas esta noite, meu amor, vou-me juntar a ti. vou-me encolher no sofá e recostar teu corpo ao meu com um abraço apertado.
depois vamos falar os dois, com a lua e as estrelas,
e o nosso chilrear, será uma melodia cega.
esta noite, meu amor, vou dar-te um abraço, com sabor a lua cheia.
(deixo aqui a "Canção dos Abraços" por Sérgio Godinho e "Amigos do Gaspar", que foi a música que cantámos na primeira sessão de catequese do primeiro ano este ano.)
Pouco me importa
Pouco me importa as tatuagens que tenhas cravadas e desenhadas no teu corpo, nem o que elas representam para ti. Só te peço uma coisa. Nunca escrevas o meu nome, ou coloques uma fotografia minha no teu corpo. Quero apenas que me tenhas gravado, nas paredes do teu coração, com as cores do interior da melancia.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Vou-te culpar só a ti.
Estou pronto para atacar. Cravar os dentes em pele pálida e tenra. Espreito por entre as árvores. Não te preocupes, não estás realmente a ser seguida. Estou a brincar, a percorrer o meu caminho. Sabes que é estranho, e que certamente sou o teu inimigo. Começas a sentir-te agoniada. Olhas para trás, tropeças e cais de redondo no chão. Menina de vermelho, não tenhas medo, não precisas de duvidar. Aceita a minha mão, estou apenas a tentar-te ajudar. Nasci para ser um mentiroso. Sabes bem os jogos que jogo e todas as palavras que digo, todas as vidas que tiro, são obras do meu querer, nada mais do que a fome de um lobo.
E por tudo o que acontecer, vou-te culpar só a ti.
porta do teu coração
Quando não souberes mais onde encontrar-me, coloca a mão no peito e ouve-me a bater à porta do teu coração. Deixas-me entrar mais uma vez? É que tenho frio, e tu também precisas de mim.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Há um novo sabor neste gelado.
Há um novo sabor neste gelado. Sei disso, porque notei que era de cereja. E a única pessoa que conheço que usa batom de cereja nos lábios, és tu. (a)
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
amanhã à noite
de que serve, amor? a casa certa, o quarto certo e a cama? vai estar vazia da tua presença. não hoje, mas amanhã à noite. compraste a mala e anunciaste a despedida; deste-me um lugar para ficar e um amigo para me aquecer. deste-me um beijo e prometeste não me deixar até amanhã à noite. dizes-me para aproveitar até amanhã à noite.
então eu abraço-te e choro; agarro-te a mim, beijo-te os lábios com um carinho triste, sussurro que te amo. tu pensas que não estou a aproveitar. não consigo fazer mais nada amor. perdoa-me, oh, perdoa-me meu anjo se não consigo rir. se não consigo ser feliz.
perdoa-me se não consigo ser a pessoa que precisas até amanhã à noite. depois, que importa amor? depois vais embora.
e eu vou também, para um lugar onde não sinta a tua ausência.
então eu abraço-te e choro; agarro-te a mim, beijo-te os lábios com um carinho triste, sussurro que te amo. tu pensas que não estou a aproveitar. não consigo fazer mais nada amor. perdoa-me, oh, perdoa-me meu anjo se não consigo rir. se não consigo ser feliz.
perdoa-me se não consigo ser a pessoa que precisas até amanhã à noite. depois, que importa amor? depois vais embora.
e eu vou também, para um lugar onde não sinta a tua ausência.
domingo, 17 de outubro de 2010
Um dia, quando...
Um dia, quando o amor te deixar o coração, não tenhas medo, eu estarei ao teu lado, para te dar a mão.
sábado, 16 de outubro de 2010
Segurar-te a mão.
Como sempre acabámos aos beijos, no meio da rua, eu a segurar-te a mão de menina acolhida no meu peito, e tu de perna levantada para trás. Amanha voltarás para mim, irei acolher-te de novo no meu peito, aguardar por um sinal teu, e beijar-te os lábios. Vamos sentar-nos na esplanada e ficar lá, a discutir sobre como nos fazemos tão bem um ao outro. Encontrar os nossos sonhos, tirar os pés do chão e encontrar a segunda oportunidade que nos leve às estrelas. Desenhar em papel, com lápis e caneta, os pormenores, os muros, as janelas, os quartos e as pedras que nos fazem aos dois. [Ler o resto no Post Orignal]
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