quarta-feira, 29 de setembro de 2010
ao ouvido.
mudaste a minha vida
A ausência...
Desejo-te para sempre assim, detida nos meus braços, enquanto partilhamos o amor e carinho que houver para dar enquanto estamos assim, vivos.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Estás demasiado bem sem mim.
domingo, 26 de setembro de 2010
deixa a miúda esvoaçar
um abraço por entre o teu casaco e um beijo de dez minutos e depois... depois, nada. o vazio por inteiro. isto se calhar não faz sentido, mas é tudo o que tenho para te dar: um punhado de letras que fazem frases. o tiro no peito, a luz forte nos olhos, o adeus definitivo quando se sabe que é mesmo, mesmo para sempre. apetece-me escrever-te porque, daqui a muitos anos, é de ti que me vou lembrar quando pensar nas minhas cicatrizes e na forma do meu coração. tu que tinhas a doçura maior, a certeza maior, a confiança maior. podíamos ter sido felizes. não me perdoo por isso.
sou um pedaço de esperanças traídas, se soubesse que amar-te significava tudo isto, nunca teria cedido a impulsos de meia-noite. dizem-me para te esquecer e eu fico muito triste, afinal foste só a melhor pessoa que conheci nos últimos tempos.
um espécie de amor,
sábado, 25 de setembro de 2010
Invólucros.
dificuldades
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
És de poucas palavras e ás vezes perdes por isso. Pelas poucas palavras que tens , que dizes, ou que fazes. És de poucos sentidos, e perdes-te por isso. Vives a vida num labirinto, perpétuo sem fim. Ás vezes queria ajudar, queria poder mudar-te um bocadinho, dar-te o que sempre te dei, fazer-te o que sempre te fiz, de bom, de doce, de oportuno e delicado. Mas perdi-me. Com tanta pequenez de palavras, com tanto pouco sabor que deixaste no caminho eu fiquei quieta. Aqui. Na verdade não fui embora. Ainda.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Desafio "pôr as letras a caminho"
Para participares neste desafio é necessário inscreveres-te para o e-mail luisnuno.soares.barbosa@gmail.com com o assunto "pôr as letras a caminho", deixando os seguintes dados:
data de nascimento, nome, e-mail, morada e código postal (todos os dados fornecidos serão utilizados unicamente no âmbito do desafio e não serão divulgados nem utilizados para outros fins sob circunstância alguma).
Depois é muito simples:
1.º) os participantes são divididos em pares;
2.º) cada participante recebe os dados relativos ao seu par;
3.º) começam a trocar cartas para se conhecerem melhor mutuamente, sendo a primeira de cada um a apresentar-se e o participante mais velho de cada par a enviar a primeira carta;
4.º) sempre que um participante recebe uma carta, deve notificar o seu par por e-mail, para prevenir situações de extravio de cartas, porém, nem o e-mail nem nenhum outro meio de contacto que possam ter deve ser usado para continuar ou complementar as conversas que têm por cartas, já que a ideia é guardarem esta conversa no papel;
5.º) é aconselhável tirar-se sempre fotocópia das cartas que se envia, tanto para o caso de haver extravio como para que possam um dia rever a conversa completa;
6.º) as inscrições são até ao dia 31 de Outubro de 2010 e logo que possível (nos primeiros dias de Novembro) serão divulgados os pares, começando aí o desafio;
7.º) desde o início do desafio começa a contar um ano, durante o qual os pares se devem conhecer melhor entre si e conversar sobre aquilo que lhes apetecer, enviando cartas conforme a sua vontade e disponibilidade (a ideia era cada participante enviar pelo menos uma carta por mês);
8.º) no final do ano, os participantes são convidados a escrever um texto sobre aquilo que de bom ou mau tiveram com esta experiência e todos esses textos serão colocados no blogue pôr as letras a caminho. (é claro que, aqueles que quiserem, poderão continuar a trocar cartas entre si depois de terminado o desafio)!
Num tempo em que as novas tecnologias ofuscaram em grande medida o correio tradicional, em que em cada mensagem se deixava um bocadinho de si, convidamos-te a pôr as tuas letras a caminho, a entregares um bocadinho de ti e a receberes um bocadinho de alguém!
Vamos pôr as nossas letras a caminho e tirar espaço às contas e à publicidade nas caixas do correio! Sê creativo, sê tu mesmo e faz um amigo!
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Journey
[Native Indian] Tatanka
Farta de ser bichinho na gaiola
Que toda a gente comenta
Toda a gente olha!
Onça que é cutucada com vara curta.
Fera que assusta.
Mas mais assustada estou eu,
Gatinho malhado
Que parecem querer empalhado...
A diferença é doença
A vontade, rebeldia e unicidade não compensa.
Estou farta de ser fera enjaulada
Nestas barras cínicas e invejosas
Nesta gaiola desgostosa.
Estou farta, tão farta!
Quero que apaguem o holofote,
Só quero a reconfortante noite solitária.
Quero ter direito à minha melancolia de'mente!
Estou cansada, tão presa!
Deixem-me lá...
Rugir ou ronronar.
Deixem-me lá em única paz.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Carta de um homem
E lá estavas tu, bela, calma e serena, com ar de quem esperava alguém que tardava em chegar.
Pena não ser eu.
Tenho vindo a observar-te de longe, disfarçadamente para que não penses que tensiono perseguir-te ou de qualquer maneira ofender-te e interferir no teu bem estar.
O melhor (ou pior) de tudo é que anseio de maneira inimaginável fazer parte dele, desse teu bem estar contagiante que cativa todos, mesmo sem terem sequer ouvido falar do teu nome.
Não quero de maneira nenhuma parecer um depravado obececado contigo, quem sabe talvez possamos ser amigos à primeira vista (da tua parte, pois a minha alma já conhece todos os pormenores do teu rosto) para que me fales de ti e de tudo o que viveste desde tão pouca idade.
Gostava realmente de ser teu amigo, de te poder dar alegrias e quem sabe, um dia mais tarde continuar a dar-tas.
Um beijo."
domingo, 12 de setembro de 2010
será?
a tua alma;
Luz que rompe o cimento, o silêncio...
E ai tudo ganha forma em mim.
Eu quero tocar a tua alma, quero escutar a tua alma...
Eu quero escutar a tua voz, quero sentir a tua pele...
Eu quero que o teu sorriso acabe com o meu desejo (...)
is it wrong to be scared?
sábado, 11 de setembro de 2010
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Part[idas].
Mas tu tentaste. Eu sei que tentaste preencher os vazios e os espaços em branco. Porém, compreendo agora, não foram os vazios da minha vida os que quiseste preencher, mas sim os da tua. Tu também tens vazios, sabes? Talvez mais do que aqueles que [re]conheces.
Tentaste eliminar [emendar?] um vazio, mas agiste que nem uma toupeira. Cavaste. Fizeste túneis. E, depois, ficou o vazio.
E foi quando tu partiste que eu dei conta desse teu jogo sujo. Foi aí que eu fiquei a descoberto. E nessa altura vi que não ficou ali ninguém, naquele espaço que ocupaste. Não estava ali ninguém porque na verdade nunca esteve.
Às vezes pergunto-me, até, se não terás sido produto da imaginação, uma ratoeira da minha mente, tão fugaz foi o nosso tempo.
E, nessas alturas, só me apetece gritar. Gritar e fugir. Dizer 'acabou' , 'finito' e por-me a andar daqui p'ra fora. Para um sítio onde nem eu me possa encontrar! Só que deixo sempre 'pra amanhã'...
Por vezes, pergunto-me, quando se sabe que uma história acabou?
Hoje sei o quanto é simples.
Uma história acabou quando o coração sabe que tem que deixar alguém partir.
É isso o fim!
E o nosso fim, meu querido, foi chegando aos pouquinhos. E hoje chegou, por fim, o dia em que o meu coração aprendeu que é possível deixar partir alguém, não [se] partindo [de] todo.
Nota: Obrigada a Jessica por me deixar usar a frase da sua autoria - a itálico - uma das fontes inspiradoras deste texto.
um(a) Aventura no Castelo Jota
Nestes dias aprendi que o Castelo Jota, de que nos fizemos habitantes desde que lá chegámos, é muito mais do que um espaço físico, é um lugar de amor, entrega, carinho e dedicação, um castelo de portas abertas para o próximo e que todos ajudamos a construir no coração de cada um, um abrigo em que cada pedra é fruto da entreajuda e do companheirismo. Aprendi que de nada serve ter-se muito se não se der cada vez mais, e, de preferência, tudo o que se tem. Aprendi que neste castelo somos muitos, mas que também somos um só, porque vivemos em união; que todos precisamos de percorrer um novo rumo, no sentido de seguir sempre com pegadas firmes o exemplo do nosso insigne modelo, Jesus Cristo; que este castelo deve ser uma nova dimensão da nossa vida, que nos ajuda a construir raízes de amor nos nossos corações. Aprendi que, ainda que ninguém possa ser perfeito e todos tenhamos os nossos defeitos, juntos podemos contorná-los e transformá-los em potencialidades. Aprendi que mesmo num castelo assim, nem tudo é perfeito, mas quando damos o nosso melhor podemos criar coisas maravilhosas.
Este ano, mais do que nunca, apercebi-me de que tenho neste grupo amigos verdadeiros a quem devo muito daquilo que sou, e conheci muitos outros a quem deverei um dia muito daquilo que serei.
Na verdade, foi este grupo que me tornou naquilo que sou hoje, nos sete anos que nele estive aprendi muito do que sei (até a usar uma esfregona e uma vassoura foi com eles que aprendi), e espero que assim continue, porque sei que este grupo ainda tem muito para me ensinar.
Obrigado por tudo o que são e pelo que fizeram de mim (:
Fica aqui o vídeo de nós todos a cantar o hino deste Aventura 2010:
terça-feira, 7 de setembro de 2010
vai-te embora saudade
Saudade essa que carrego no peito todos os dias, e que não vejo a hora de a ver acenar-me com a mão esquerda e dizer-me adeus.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
um novo dia,
Descobri que...
domingo, 5 de setembro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
Frases sobrepostas
tudo o que eu te dou, tudo o que eu te dei
e vê-nos assim de longe
vê o que somos, não somos,
e não há.
Tenta perceber,
não chega para mim, ensina-me a andar,
a respirar, a falhar.
o teu amor não me percebe,
a tua mentalidade não me sente
a tua vida não me pertence.
Tenta conseguir
realizar um objectivo
nem que seja veres-te livre de mim,
desta farsa triste, pérfida
redundância esquecida,
eu não percebi.
Afasta-te de mim
foge do meu alcance
mas leva-me para longe
não me deixes aqui, aqui não escaparei de ti.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Val[idade] [E]xpi*[r]*[rada]
- Aninhada.
- E isso é bom ou mau?
Não sei. Não sei se é bom ou se me faz bem. Sinto-me bem assim. Aninhada em mim mesma. É que comigo, sei que posso sempre contar. Sobre mim, sei que me poderei sempre aninhar.
Porque tu já não me deixas aninhar em ti. O meu prazo de validade expirou, não foi? Sinto-o. Apesar de ainda me procurares, sei que o nosso prazo expirou.
Houve uma altura em que me perguntei porque já não me querias. Será que só porque agora dou dores de barriga já não me queres, não é?
A ilusão de poder ser diferente, de o céu poder ser branco e não azul.. de as rosas poderem ser todas do nosso azul e não o vulgar vermelho.
Eu pensava que tinha conseguido a receita. Que tinha descoberto, contigo, o segredo de um conservante forte, resistente as intempéries da vida. Mas afinal parece que também nós ficamos azedos. Dou-te dores de barriga agora. Por isso puseste o rótulo e me despachaste com uma reclamação de produto sem validade para a loja onde me foste buscar.
- Prazo de validade? Mas és algum iogurte?
Pois, se calhar aí está a questão. Eu nunca fui o teu iogurte, fui apenas a nata. Por isso agora, que já enjoaste, deitas fora. Se eu fosse o iogurte de abertura fácil, se calhar tinhas comido.
Ups! Lamento ter-te desiludido. Mas sabes? Temos pena!
Um dia sei que serei o iogurte de alguém.
Pois tu, nem para embalagem serves!
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
amo-te.
Levantei-me por um bocado. Já não sentia o que é estar assim tão sozinha há muito tempo. Eu estava sempre rodeada de pessoas, estava sempre a sorrir e nunca tinha enfrentado alguma coisa assim. Tenho a porta do quarto fechada, as portadas fechadas e os vidros fechados também. As cortinas continuam por correr, as portas dos armários continuam fechadas. Não há batôns ou vernizes por aqui, não há perfumes ou roupas preparadas a condizer com a tua. Não há nada que me faça ter vontade de sair. Porque sei que quando sair , já não te vou encontrar. Eu sei que um dia isto há-de passar, que talvez eu fique sozinha mas para já não me consigo habituar a uma mudança assim, tão repentina. Porquê que prometeste tanta coisa que não cumprias? Porquê? Se eu nunca te obriguei a prometer nada... Não sei porque que és assim comigo. Porque que mesmo me estando a perder tu não fazes quase nada, tu não mudas, tu não voltas. Não sei porque que já não me fazes sentir a tua menina, ou a tua simplesmente. Não sei porque que as tuas palavras são sempre um vazio intenso, um vazio ... Quem me dera ter forças para sair daqui. Forças para parar de chorar de uma vez. Tu nunca percebes. Não percebes que se fosse eu a tomar a tua posição tu também não ias gostar. Tu ias agir exactamente como eu, sabes porquê? Porque é da nossa natureza. Mas agora tu não estás em ti. Estás a ser algo que nunca foste. Estás a ser algo que eu nunca conheci. Não tenho consciência das coisas que faço, que digo até, mas sei que estás bem. Porque tu criaste dois mundos : eu e o teu. Eu misturei tudo e é por isso que estás assim. Sinto-me o segundo plano mais triste da tua vida. Porque tu preferiste fazer tudo acima de mim, acima de nós. Não sei. Não sei como consegues permanecer bem connosco assim, mas cada um sabe de si. Deixa-me perguntar-te uma coisa, levaste alguma coisa nossa contigo? Não pois não? É que eu acho que não sei onde ir, nem o que levar. Desculpa, não me sinto bem e gostava que pudesses fazer como eu : escrever assim alguma coisa que até pode não fazer muito sentido mas vem do interior.
Um dia vais perceber que não devias ter apagado as mensagens, só demonstrou que tinhas algo a esconder, de mim. Por isso é que as apagaste mas, eu não me quero meter na tua vida, não quero. Mas só queria que tivesses um bocado mais de consideração por nós.
Podias ter tido mais cuidado . Eu deixei-te entrar na minha vida, dei-te a provar todos os sabores que descobri, deixei-te conhecer cada milésimo de pedaço meu, da minha vida, do meu dia-a-dia. E tu mesmo assim deixas-te-me para trás. Vale a pena ? Valeu a pena? Eu sempre fiz tudo por ti e toda a gente sabe isso. Eu não sai nas férias todas porque não queria que te sentisses mal, porque tu dizias que depois, depois ia realmente ser fantástico. Que iamos até á praia juntos, que iamos sair muito, nos dias de chuva iamos ouvir a chuva bater nos vidros e nós agarradinhos lembras-te? E nos dias de sol não ia ser diferente...
Talvez eu não pertença á tua casa. Talvez porque nunca consegui entender as coisas que não dizes e que pensas que basta dizer por alto. Um dia sei que aquela manta cor-de-rosa tal como todas as minhas roupas vão continuar sempre com o teu cheiro, será que eu as vou vestir sempre? Não sejas indiferente a esta mensagem, não me respondas com uma palavra, com uma frase, ou com algo frio e insensível. dá-lhe valor. Está a ser escrita a olhar para tudo aquilo que construímos, para aquilo que vivemos.
Gostava de estar inserida na tua vida, mas não me sinto assim. Porquê que tu tinhas de ficar assim...
Depois de todos os medos...de todos os segredos...de todos os momentos... de todos os dias... de todas as roupas no chão... dos relógios trocados...de todas as surpresas... dos bilhetes que deixava em ti...no teu carro...no teu caderno... depois de todas as promessas...de todas as afirmações ‘’eu vou mudar’’... de todas as coisas que passamos. Está a valer a pena o que me estás a fazer? As respostas que não me dás e precisava de ouvir... Pensa se também gostavas...que fosse eu a fazer-to.
Orvalho
Foi num dia de chuva que se abandonou e que caiu desamparada ainda fria do orvalho. Frutos viu nascer dos seus braços e árvore ficou.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
por vezes.
palavras que escrevemos mentalmente e que nunca chegamos a dizer.
por vezes, no alvoroço das manhãs, deixamos perder-se o som do silêncio
e as letras que não se dizem tornam-se pontas soltas de um passado mal contado.
por vezes, no errar das noites, frequentamos de novo os lugares que um dia perdemos
e entre o passar dos dias, (re)encontramos neles a plenitude.
Escre'vendo[-me] ...
Só que não tenho assunto.
Não quero escrever sobre dores incompreensíveis, nem amores mal passados. Não quero tão pouco escrever sobre aquelas fotografias gastas [presas?] pelo tempo.
No fundo, não quero escrever[-me]. É que o espelho partiu-se e eu já não consigo ver-me.
Também não quero, hoje, inventar uma história nova e bonita de enternecer corações duros ou pedras de riachos.
Hoje quero apenas escrever. Só que não quero escrever[-me]!
Então escreve-se sobre o quê, nestes dias?
Se eu fosse uma pessoa normal, teria virado po lado, deixado que a vontade acabasse por passar e dormido. Mas como não sou, peguei na caneta e escrevi.
Escrevi sobre a banalidade de não escrever sobre coisa alguma!
E sabes?
Adorei!