domingo, 26 de setembro de 2010

deixa a miúda esvoaçar

para já, um grande pedido de desculpa: parece que não sou de fóruns, nem de blogues partilhados. perdoem-me o silêncio, mas também não vou fazer promessas de novos regressos, já me conheço o suficiente para saber que, provavelmente, estaria a mentir. parece que nada do que digo faz sentido para esta página, não consigo perceber o meu sentimento para com este espaço. deixo, então, aqui um excerto do que tenho dito noutro sítio, do que tenho debaixo da pele, do que tenho guardado nas memórias mais presentes da minha vida: um excerto daquele espaço só meu onde, talvez por isso, tenha um à vontade que não consigo encontrar em mais lado nenhum.

um abraço por entre o teu casaco e um beijo de dez minutos e depois... depois, nada. o vazio por inteiro. isto se calhar não faz sentido, mas é tudo o que tenho para te dar: um punhado de letras que fazem frases. o tiro no peito, a luz forte nos olhos, o adeus definitivo quando se sabe que é mesmo, mesmo para sempre. apetece-me escrever-te porque, daqui a muitos anos, é de ti que me vou lembrar quando pensar nas minhas cicatrizes e na forma do meu coração. tu que tinhas a doçura maior, a certeza maior, a confiança maior. podíamos ter sido felizes. não me perdoo por isso.

sou um pedaço de esperanças traídas, se soubesse que amar-te significava tudo isto, nunca teria cedido a impulsos de meia-noite. dizem-me para te esquecer e eu fico muito triste, afinal foste só a melhor pessoa que conheci nos últimos tempos.

1 comentário:

deixa tu também letras soltas no caminho